Sexually Transmitted Diseases are still considered a serious public health problem in Brazil and worldwide.
To examine Sexually Transmitted Diseases prevalence and the sickness impact profile of STDs in a reference health center specializing in the treatment of Sexually Transmitted Diseases.
We collected epidemiological, demographic, clinical and laboratory data from the medical records and interviews of 4,128 patients who had attended the center from January 1999 to December 2009.
Male patients outnumbered (76%) females (24%), Caucasians outnumbered (74.3%) those of mixed race (14.8%), blacks (10.8%) and Asians (0.1%). STD occurrence was higher in the 20-29 age group (46.2%) This population included 34.7% high school graduates, 8.7% college graduates and 0.8% illiterates. As for affective-sexual orientation, 86.5% were heterosexual, 7.8% homosexual and 5.5% bisexual. Regarding patients' sexual practices over the previous 30 days, 67.7% reported sexual intercourse with one person, 8.6% had had sex with two persons and 3.9%, with three or more people. The highest incidence of STD was condyloma acuminata, affecting 29.4% of all the patients, genital candidiasis 14.2%, and genital herpes 10.6%. Of the 44.3% who submitted to serologic testing for HIV detection 5% were positive, with a ratio of 6.8 males to 1 female.
As Doenças Sexualmente Transmissíveis continuam sendo consideradas um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no Mundo.
Conhecer a epidemiologia de um serviço de saúde público brasileiro especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis e o perfil de impacto das principais doenças diagnosticadas nesse serviço.
Realizou-se a avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de 4.128 pacientes atendidos num ambulatório especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis, no período compreendido entre janeiro de 1999 a dezembro de 2009.
Houve predomínio dos pacientes do sexo masculino (76%) em relação aos do sexo feminino (24%); da raça branca (74,3%) sobre as raças parda (14,8%), negra (10,8%) e amarela (0,1%). A ocorrência das Doenças Sexualmente Transmissíveis foi maior na faixa etária de 20 a 29 anos, com 46,2%. Na população estudada, 34,7% dos pacientes completaram o ensino médio, 8,7% o curso superior e 0,8% eram analfabetos. Em relação à orientação afetivo-sexual, 86,5% eram heterossexuais, 7,8% se relacionavam somente com pessoas do mesmo sexo e 5,5% bissexuais. Em relação a prática sexual nos últimos 30 dias, 67,7% declararam ter mantido relação sexual com apenas um parceiro, 8,6% com dois e 3,9% com três ou mais parceiros. As Doenças Sexualmente Transmissíveis de maior incidência foram o condiloma acuminado com 29,4% dos diagnósticos, a candidose genital com 14,2% e o herpes genital, com 10,6% dos casos. Dos 44,3% dos pacientes que realizaram o teste sorológico para detecção do HIV, 5% obtiveram resultado positivo, com razão de 6,8 homens para 1 mulher.