ABSTRACT: Objective: To determine the association between perceived discrimination and receiving adequate treatment for chronic diseases in Venezuelan migrants. Methodology: A cross-sectional study was performed. This is a secondary analysis of the ENPOVE national survey from Peru. The association between the perceived discrimination and receiving adequate treatment for chronic diseases was evaluated using a Poisson regression model, considering the adjusted effect of the multistage sampling. Results: A total of 865 migrants were evaluated (age: 36.6 ± 0.7 years and 58.2% women). Of these, 54.8% perceived discrimination, and 89.2% did not receive adequate treatment for chronic diseases. Perceived discrimination was significantly associated with a lower prevalence of receiving adequate treatment for chronic diseases (PRa = 0.49; 95%CI 0.25 – 0.97). Conclusion: This study evidenced that perceived discrimination decreases the prevalence of receiving adequate treatment for chronic diseases by approximately 50% compared with those who did not perceive discrimination.
RESUMO: Objetivo: Determinar a associação entre a discriminação percebida e o recebimento de tratamento adequado para doenças crônicas em migrantes venezuelanos. Métodos: Foi realizado um estudo transversal. Esta é uma análise secundária da pesquisa nacional Venezuelan Population Residing in the Country Survey do Peru. A associação entre discriminação percebida e receber tratamento adequado para doenças crônicas foi avaliada por meio de um modelo de regressão de Poisson, considerando o efeito ajustado da amostra em múltiplos estágios. Resultados: Foram avaliados 865 migrantes (idade: 36,6 ± 0,7 anos e 58,2% mulheres). Destes, 54,8% perceberam discriminação e 89,2% não receberam tratamento para a doença crônica. A discriminação percebida foi significativamente associada à menor prevalência de receber adequado tratamento para doenças crônicas (razão de prevalência ajustada — RPa = 0,49, intervalo de confiança de 95% — IC95% 0,25 – 0,97). Conclusão: Este estudo mostrou que a discriminação percebida diminui a prevalência de receber adequado tratamento para doenças crônicas em 50%, em comparação com aqueles que não percebem a discriminação.