O artigo examina como a crítica entendeu, ao longo do tempo, a relação entre A tempestade e a América. Destaca as atitudes cambiantes sobre a peça de William Shakespeare e os habitantes da ilha onde ela se desenrola. Mostra, em especial, como Próspero, de um governante sábio, converte-se num tirano colonialista, ao passo que Caliban, de monstro selvagem, torna-se um símbolo do Terceiro Mundo. Nesse sentido, A tempestade é interpretada como uma rica fonte de metáforas para se pensar a América.
The article examines how the relationship between The tempest and America was understood throughout history. It emphasizes the changing attitudes towards William Shakespeare´s play and the inhabitants of the island where it takes place. It points out, specially, how Prospero, from a wise ruler becomes a colonialist tyrant, while Caliban, from a savage monster is transformed into a Third World symbol. Thus, The tempest is seen as a rich source of metaphors to think America.