Resumen Introducción y objetivo. El colgajo de perforante de arterial medial sural (MSAP- medial sural artery perforator) fue descrito con un refinamiento del colgajo gastrocnemio medial. A pesar de su reciente historia, demuestra ventajas e indicaciones, principalmente en la reconstrucción de miembro inferior. Presentamos una serie retrospectiva de pacientes con defectos de tejidos blandos de miembro inferior reconstruidos con colgajo MSAP. Material y método. Presentamos 10 pacientes operados entre 2013 y 2018, 6 hombres y 4 mujeres, con edades entre los 27 y los 86 años. La principal etiología de los defectos fue traumática. Los defectos localizados entre el tercio distal del muslo y el tercio proximal de la pierna fueron cubiertos con colgajos pediculados, y los defectos distales con colgajos libres. Resultados. Las dimensiones medias de los colgajos fueron 6.35 cm de anchura por 10.9 cm de longitude y 9.9 cm de longitude del pedículo. Todos los colgajos menos 1 fueron elevados con una sola perforante. Excepto 1 caso de pérdida parcial del colgajo, no hubo complicaciones a corto plazo. Dos pacientes precisaron cobertura con injerto del área donante y el resto fueron cerrados directamente. El seguimiento medio fue de 22.8 meses y no hubo complicaciones en el área donante. Obtuvimos un cierre estable y estéticamente acceptable en todos los casos. Conclusiones. El colgajo MSAP es un colgajo fasciocutaneo fino y plegable que provee tejido similar al área del defecto con minima morbilidad del área donante. Sus características menos positivas incluyen una potencialmente laboriosa disección intramuscular y la posibilidad de congestion venosa ocasional. A pesar de ello, los buenos resultados y la satisfacción de los pacientes lo convierte en una elección apropiada en casos seleccionados de reconstrucción del miembro inferior.
Resumo Introdução e objetivo. O retalho de perfurante da artéria sural medial foi descrito como um refinamento do retalho de gémeo medial. Apesar da sua história recente, já provou a sua utilidade, nomeadamente na reconstrução do membro inferior. Neste artigo, os autores apresentam uma análise retrospetiva de casos em que o retalho sural medial foi aplicado no tratamento de defeitos do membro inferior. Método. Apresentamos 10 doentes operados entre 2013 e 2018: 6 homens e 4 mulheres, num intervalo de idades entre os 27 e os 86 anos. A principal etiologia dos defeitos foi traumática. Os defeitos localizados entre o terço distal da coxa e o terço proximal da perna foram reconstruídos com retalhos pediculados, enquanto os defeitos mais distais foram cobertos com retalhos livres. Resultados. As dimensões médias do retalho foram: 6.35 cm de largura, 10.9 cm de comprimento e 9.9 cm de comprimento de pedículo. Com a exceção de um caso, todos os retalhos se basearam numa única perfurante. Para além de uma necrose parcial de um dos retalhos livres, não houve complicações imediatas. Dois doentes necessitaram de enxertos de pele para encerramento da zona dadora, as restantes foram encerradas primariamente. O tempo médio de seguimento foi de 22.8 meses, não tendo havido registos de queixas relativas à zona dadora. Foi adquirida uma cobertura estável e esteticamente satisfatória em todos os casos. Conclusão. O retalho sural medial é um retalho fasciocutâneo fino e maleável que proporciona, na reconstrução do membro inferior, uma cobertura like-with-like, com baixa morbilidade da zona dadora. Os aspetos menos positivos incluem uma disseção intramuscular potencialmente laboriosa e, por vezes, congestão venosa. Ainda assim, os bons resultados e a satisfação dos doentes, fazem deste retalho uma escolha acertada em casos selecionados.
Abstract Background and objective. The medial sural artery perforator (MSAP) flap was first described as a refinement of the medial gastrocnemius flap. Despite its recent history, it has already proven to have several advantages and indications, namely in lower extremity reconstruction. The authors present a retrospective case series with lower limb soft-tissue defects which were reconstructed with the MSAP flap. Methods. Between 2013 and 2018, 10 patients were operated on: 6 men and 4 women, ranging in age from 27 to 86 years. The main etiology of the defects was traumatic injury. The defects located between the distal third of the thigh and the proximal third of the leg were covered with pediculated flaps while the distal defects were covered with free flaps. Results. The mean flap dimensions were 6.35 cm width, 10.9 cm length, and 9.9 cm pedicle length. All flaps except 1 were raised with a single perforator. Apart from 1 case of partial free-flap loss, there were no short-term complications. Two patients required skin grafting of the donor site while the remaining were closed directly. The mean follow-up time was 22.8 months and there were no donor site complaints. A stable and aesthetically satisfactory coverage was obtained in all cases. Conclusions. The MSAP flap is a thin and pliable fasciocutaneous flap that can provide “like-with-like” tissue with minor donor site morbidity in lower limb reconstruction. Less positive characteristics include a potential laborious intramuscular dissection and occasional venous congestion. Still, the good results and satisfaction of the patients make this a wise choice in selected cases.