21
views
0
recommends
+1 Recommend
1 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Expressões da violência de gênero vivenciadas por terapeutas ocupacionais: narrativas e ações de enfrentamento no cotidiano Translated title: Expressions of gender violence experienced by occupational therapists: narratives and coping actions in everyday life

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          Resumo A estrutura social patriarcal produz e sustenta violências cotidianas individuais e coletivas. Baseamo-nos na ideia de “corpos/experiências”, como pulsão vital para o existir, compreendendo o corpo-terapia ocupacional, profissão predominantemente feminina, para retratar as violências de gênero. O objetivo foi compreender as percepções de terapeutas ocupacionais, atuantes do campo da saúde, sobre violências de gênero em seus cotidianos, por meio da cartografia como dispositivo metodológico. Foram analisadas 67 respostas de terapeutas ocupacionais dentre 1018 respondentes de questionário remoto produzido pelo coletivo Adelaides em pesquisa sobre experiências de violência de gênero no Brasil vivenciadas por mulheres do campo da saúde coletiva. Com questões narrativas e de múltipla escolha, o questionário foi distribuído em três seções: dados socioeconômicos; atuação profissional e acadêmica; experiências envolvendo machismo e violência, e em ações de enfrentamento. Os dados numéricos foram analisados com estatística simples e os qualitativos baseadas na técnica analítica da tradução das narrativas. Os resultados indicam que 91% das participantes sofreram violências por ser mulher nos espaços cotidianos do domicílio, de estudo, trabalho e/ou ambientes públicos. As formas de enfrentamento utilizadas foram organizadas em quatro ações: formar e pesquisar, politizar, romper e cuidar. Concluímos que o cotidiano se apresenta como um espaço-tempo potencial das expressões, visíveis e invisíveis, da ação humana, que podem se manifestar por ações violentas, assim como por ações de enfrentamento, assumindo aspectos de reprodução ou transformação das relações estabelecidas como as embebidas na cultura da violência a que as mulheres estão submetidas.

          Translated abstract

          Abstract The patriarchal social structure produces and sustains individual and collective violence every day. We are based on the idea of “bodies/experiences”, as a vital drive for existence, comprising occupational body-therapy, a predominantly female profession, to portray gender violence. The objective was to understand the perceptions of occupational therapists working in the health field about gender violence in their daily lives, through cartography as a methodological device. We analyzed 67 responses from occupational therapists among 1018 respondents to a remote questionnaire produced by the Adelaides collective in a research on experiences of gender violence in Brazil experienced by women in the field of public health. With narrative and multiple-choice questions, the questionnaire was divided into three sections: socioeconomic data; professional and academic performance; experiences involving machismo and violence, and in coping actions. Numerical data were analyzed using simple statistics and qualitative data based on the analytical technique of narrative translation. The results indicate that 91% of the participants suffered violence for being a woman in the daily spaces of the home, study, work and/or public environments. The coping ways used were organized into four actions: training and research, politicizing, breaking away and caring. We conclude that everyday life presents itself as a potential space-time of expressions, visible and invisible, of human action, which can be manifested by violent actions, as well as by confrontational actions, assuming aspects of reproduction or transformation of established relationships such as those embedded in in the culture of violence to which women are subjected.

          Related collections

          Most cited references54

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: found
          Is Open Access

          Violência de gênero: a construção de um campo teórico e de investigação

          Este artigo trata da violência contra a mulher, ao mesmo tempo em que enfoca a condição de gênero como categoria de análise central para a compreensão da dinâmica deste fenômeno. Inicialmente, localiza a precedência histórica da construção desse campo de estudo e de pesquisa no âmbito das ciências sociais, particularmente da sociologia, sob um olhar feminista. Segue abordando a categoria de violência contra a mulher como questão central no cotidiano, uma vez que o volume de denúncias das mais variadas formas de violência contra as mulheres tem persistência como relevante fenômeno social. Na sequência, destacam-se os locais institucionais de acolhimento deste fenômeno social, como as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam's) a partir dos anos 1980, assim como da área de saúde que, a partir dos anos 1990, se intensificou. Por fim, destaca-se o marco jurídico de avanço nos direitos presentes na Lei Maria da Penha (n.º 11.340, de 7 de agosto de 2006) e na sua efetiva aplicação.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            Cartografar é traçar um plano comum

            A pesquisa de campo sobre produção da subjetividade enfrenta o problema de construir conhecimento envolvendo pesquisadores e pesquisados, com territórios e semióticas singulares. Surgem questões relativas ao protagonismo dos participantes e a como traçar com eles um plano comum, garantindo o caráter participativo da pesquisa. No contexto do método da cartografia, o artigo tem como objetivo tratar do tema do comum num duplo aspecto. Num primeiro, discute o acesso ao plano comum. Com base em Gilles Deleuze e Felix Guattari, tal plano não é dito homogêneo nem reúne atores que manteriam entre si relações de identidade, mas opera comunicação entre singularidades, sendo pré-individual e coletivo. Num segundo aspecto, aponta que, enquanto pesquisa-intervenção, a cartografia se compromete com a criação de um mundo comum e heterogêneo. O artigo mostra que o traçado do comum tem como diretriz metodológica a tranversalidade e examina os procedimentos de participação, inclusão e tradução.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: not found
              • Article: not found

              Pensamento, corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico

                Bookmark

                Author and article information

                Journal
                cadbto
                Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional
                Cad. Bras. Ter. Ocup.
                Universidade Federal de São Carlos, Departamento de Terapia Ocupacional (São Carlos, SP, Brazil )
                2526-8910
                2022
                : 30
                : e3002
                Affiliations
                [01] São Carlos orgnameUniversidade Federal de São Carlos Brazil
                [02] Santos orgnameUniversidade Federal de São Paulo Brazil
                Article
                S2526-89102022000100225 S2526-8910(22)03000000225
                10.1590/2526-8910.ctoao22753002
                531e9041-6893-4054-8646-fe4d78250e9d

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 08 April 2021
                : 02 February 2022
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 56, Pages: 0
                Product

                SciELO Brazil

                Categories
                Artigos Originais

                Violências de Gênero,Occupational Therapy,Activities of Daily Living,Gender Based-Violence,Terapia Ocupacional,Atividades Cotidianas

                Comments

                Comment on this article