OBJECTIVE: This study aimed to determine the frequency of iron deficiency and its association with socioeconomic, obstetric, and nutritional factors in pregnant women. METHODS: This cross-sectional study included women on the second trimester of pregnancy seen at a public prenatal care facility of Cuiabá, Mato Grosso, Brazil from May 2008 to May 2009. Socioeconomic, nutritional, and obstetric data were compared with markers of iron stores. RESULTS: During the study period, 146 pregnant women met the inclusion criteria. The frequency of anemia characterized by abnormal hemoglobin level, hematocrit, and mean corpuscular volume varied from 3% to 5%. However, 11% of the women had high transferrin levels and 39% had low ferritin levels. Before pregnancy, 21% of the women were underweight and 29% were overweight or obese. During pregnancy, the percentage of overweight or obese women rose to 40%. History of miscarriages, higher gestational age, and excess weight before pregnancy were associated with markers of iron stores at abnormal levels. Consumption of specific food groups was not associated with abnormal marker levels. CONCLUSION: Serum ferritin was the most sensitive indicator of iron deficiency. Excess weight and anemia were concomitant.
OBJETIVO: Verificar a frequência de deficiência de ferro e sua associação com fatores socioeconômicos, obstétricos e nutricionais em gestantes. MÉTODOS: Estudo transversal desenvolvido com gestantes no segundo trimestre da gestação atendidas em ambulatório de pré-natal da rede pública de Cuiabá, Mato Grosso, entre maio de 2008 e maio de 2009. Dados sobre as características socioeconômicas, nutricionais e obstétricas foram relacionados aos indicadores de reservas de ferro. RESULTADOS: No período do estudo, 146 gestantes atenderam aos critérios de inclusão na pesquisa. A frequência de anemia variou de 3% a 5%, considerando-se os valores para hemoglobina, hematócrito e volume corpuscular médio. Entretanto, a frequência de alterações nos indicadores de reservas de ferro variou de 11% para transferrina a 39% para ferritina. No período pré-gestacional, 21% das gestantes apresentavam baixo peso e 29% excesso de peso (sobrepeso ou obesidade); no período gestacional, a ocorrência de excesso de peso aumentou (40%). Histórico de aborto, idade gestacional e status de peso pré-gestacional se associaram às alterações nos indicadores de reservas de ferro. Não se observou associação entre o consumo de grupos de alimentos e alterações nos indicadores de reservas de ferro. CONCLUSÃO: O indicador mais sensível na identificação da deficiência de ferro foi a ferritina sérica. Observou-se concomitância de excesso de peso e deficiência de ferro.