Gold, iron and manganese in central Amapá, Brazil Translated title: Ouro, ferro e manganês na área central do Amapá, Brasil

Abstract

ABSTRACT: Greenstone belts with deposits of gold, iron and manganese are common in the Paleoproterozoic Maroni-Itacaiunas Tectonic Province of the Guiana Shield. In Brazil, in the State of Amapá and northwest of Pará, they are represented by the Vila Nova Group, constituted by a basal unit of metabasalts, covered by metasediments of clastic and chemical origin. The basal metasediments, the Serra do Navio Formation, are made of a cyclothem with lenses of manganese marbles at the top of each cycle. Under the intense weathering of the Amazon, these lenses were oxidized to large deposits of high-grade manganese oxides. The exploitation of these oxides left behind the manganese carbonates and low-grade oxides. The overlaying Serra da Canga Formation presents a calcium and magnesium domain grading to an iron domain with banded silicate and oxide iron formations, mined for iron ores. Overlapping structures and superposed metamorphic crystallizations indicate two phases of dynamothermal metamorphism, the first one with axis to north-northeast and the second one to northwest, with an intermediate phase of thermal metamorphism related to syntectonic granitic intrusions. Shears oriented north-south, possibly formed during the first dynamothermal metamorphism and reactivated in the second, are ideal sites for hydrothermalism and gold mineralization, which is greater when occurs in iron formation and carbonate-bearing rocks, as it happened at the Tucano mine. Layered mafic-ultramafic intrusions in the greenstones represent a potential for chromite and platinum group elements. Pegmatites are source of cassiterite and tantalite exploited from alluvial deposits.

Translated abstract

RESUMO: A Província Tectônica Paleoproterozoica Maroni-Itacaiunas estende-se ao longo de toda a área costeira do Escudo das Guianas apresentando nessa extensão faixas de greenstone com depósitos hidrotermais de ouro. No Brasil, no estado do Amapá e no noroeste do Pará, os greenstones são representados pelo Grupo Vila Nova, que também apresenta depósitos sedimentares de ferro e de manganês e intrusões de complexos máfico-ultramáficos com possibilidades de mineralizações de cromo e platinoides. Pegmatitos com cassiterita e tantalita são relacionados a intrusões graníticas sintectônicas nos greenstones. As faixas de greenstone Vila Nova cobrem embasamento de gnaisses, migmatitos e granitos. Em sua base há unidade de ortoanfibolitos, capeada por metassedimentos químicos e clásticos de granulação fina, na base dos quais há um ciclotema com lentes de mármore manganesífero no topo de cada ciclo. Na intemperização essas lentes foram substituídas por corpos massivos e de altos teores de óxido de manganês. As subsequentes unidades da coluna metassedimentar apresentam inicialmente domínio de cálcio e magnésio, gradando acima para um domínio de ferro, caracterizado por formações ferríferas silicáticas e óxidas, parte das quais são lavradas para minério de ferro. Corpos graníticos sintectônicos são intrusivos e formam domos no greenstone. Os greenstones foram submetidos a duas fases de metamorfismo dinamotermal, com uma fase intermediária de metamorfismo termal causada pelos granitos intrusivos. Zonas de cisalhamento formadas na primeira fase de metamorfismo e reativadas na segunda constituem locais favoráveis para a mineralização aurífera, principalmente quando em formações ferríferas.