resumo Este artigo aborda a teoria arqueológica sobre os emaranhados entre coisas e humanos, entendendo essa relação como fluxos de matéria, energia e informação. O mundo cultural não pode ser entendido como dados autoevidentes; as coisas participam de um longo processo de interdependência, construção e transmissão de conhecimento. O emaranhado é composto de abstrações conceituais e ressonância corporal, uma reverberação entre mente, corpo e o mundo das coisas. Os emaranhados biossociomateriais dizem respeito à dialética da dependência e sujeição entre humanos e coisas. Abordar o emaranhado entre humanos e coisas permite um diálogo entre as humanidades, ciências sociais, ciências biológicas e ciências materiais nas investigações arqueológicas e antropológicas.
abstract This paper addresses the archaeological theory about entanglements between things and humans, understanding this relationship as flows of matter, energy, and information. The cultural world cannot be understood as self-evident data; things take part in a long process of interdependence, construction, and transmission of knowledge. The entanglement is composed of conceptual abstractions and bodily resonance, a reverberation between mind, body, and the world of things. Biosociomaterial entanglements relate to the dialectic of dependence and dependency between humans and things. Addressing the entanglement between humans and things allows for more dialogue between the humanities, social sciences, biological sciences, and material sciences in archaeological and anthropological inquiries