El artículo discute y cuestiona el concepto del "texto cultural" desarrollado por antropólogos como Clifford Geertz. La teoría de la Cultura como texto postula la posibilidad de una lectura semiótica del texto cultural dándole al antropólogo el papel del intérprete hermenêutico de culturas ajenas como sistemas de símbolos. El ensayo muestra, a través de un análisis literario de la trilogía Amazonas del escritor alemán Alfred Dó'blin, que el acercamiento etnográfico no siempre está caracterizado por procesos de entendimiento e interpretación, sino que justamente la reflexión de fenómenos de ilegibilidad y no entendimiento puede ser una fructífera base de un acercamiento cultural.
O artigo discute e questiona o conceito de "texto cultural" desenvolvido por antropólogos como Clifford Geertz. A teoria da Cultura como Texto postula a possibilidade de uma leitura semiótica do texto cultural, dando ao antropólogo o papel de intérprete hermenêutico de culturas estranhas como sistemas de símbolos. Através de uma análise literária da trilogia Amazonas do escritor alemão Alfred Dóblin, o ensaio mostra que a abordagem etnográfica nem sempre se caracteriza por processos de entendimento e interpretação, mas que, justamente, é a reflexão sobre fenômenos de ilegibilidade e não de entendimento que pode ser base fértil para uma abordagem cultural.
The article discusses and questions the concept of "cultural text" developed by anthropologists such as Clifford Geertz. The theory of culture as text opens the possibility of a semiotic reading of the cultural text, giving the anthropologist the role of hermeneutic interpreter of foreign cultures as systems of symbols. The paper shows, through analysis the literary of trilogy Amazons from German writer Alfred Dóblin, that the ethnographic approach is not always characterized by processes of understanding and interpretation, but is just the reflection of illegibility phenomena can be a fruitful basis for a cultural approach.