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      Erros na prescrição hospitalar de medicamentos potencialmente perigosos Translated title: Errors in hospital prescriptions of high-alert medications Translated title: Errores en la prescripción hospitalaria de medicamentos potencialmente peligrosos

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          Abstract

          OBJETIVO:Os erros de medicação são atualmente um problema mundial de saúde pública, sendo os mais sérios os de prescrição. O objetivo do estudo foi analisar a prática da prescrição de medicamentos de alto risco e sua relação com a prevalência de erros de medicação em ambiente hospitalar. MÉTODOS:Estudo transversal retrospectivo abrangendo 4.026 prescrições com medicamentos potencialmente perigosos. Durante 30 dias de 2001, foram analisadas todas as prescrições recebidas na farmácia de um hospital de referência de Minas Gerais. As prescrições foram analisadas quanto a: legibilidade, nome do paciente, tipo de prescrição, data, caligrafia ou grafia, identificação do prescritor, análise do medicamento e uso de abreviaturas. Os erros de prescrição foram classificados como de redação ou decisão, sendo avaliada a influência do tipo de prescrição na ocorrência de erros. RESULTADOS: Houve predomínio da prescrição escrita à mão (45,7%). Em 47,0% das prescrições escritas à mão, mistas e pré-digitadas ocorreram erros no nome do paciente, em 33,7% houve dificuldades na identificação do prescritor e 19,3% estavam pouco legíveis ou ilegíveis. No total de 7.148 medicamentos de alto risco prescritos, foram observados 3.177 erros, sendo mais freqüente a omissão de informação (86,5%). Os erros se concentraram principalmente nos medicamentos heparina, fentanil e midazolam; e os setores de tratamento intensivo e a neurologia apresentaram maior número de erros por prescrição. Observou-se o uso intensivo e sem padronização de abreviaturas. Quando computados todos os tipos de erros, verificou-se 3,3 por prescrição. A prescrição pré-digitada apresentou menor chance de erros do que as mistas ou escritas à mão. CONCLUSÕES: Os resultados sugerem a necessidade da padronização no processo de prescrição e a eliminação daquelas feitas à mão. O uso de prescrições pré-digitadas ou editadas poderá diminuir os erros relacionados aos medicamentos potencialmente perigosos.

          Translated abstract

          OBJECTIVE:Medication errors are currently a worldwide public health issue and it is one of the most serious prescription errors. The objective of the study was to evaluate the practice of prescribing high-alert medications and its association with the prevalence of medication errors in hospital settings. METHODS: A retrospective cross-sectional study was conducted including 4,026 prescription order forms of high-alert medications. There were evaluated all prescriptions received at the pharmacy of a reference hospital in the state of Minas Gerais, southeastern Brazil, over a 30-day period in 2001. Prescription were checked for legibility, patient name, type of prescription, date, handwriting or writing, prescriber identification, drug prescribed, and use of abbreviations. Prescription errors were classified as writing or decision errors and how the type of prescription affected the occurrence of errors was assessed. RESULTS: Most prescriptions were handwritten (45.7%). In 47.0% of handwritten, mixed and pre-typed prescriptions had patient name errors; the prescriber name was difficult to identify in 33.7%; 19.3% of them were hardly legible or illegible. Of a total of 7,148 high-alert drugs prescribed, 3,177 errors were found, and the most frequent one was missing information (86.5%). Errors occurred mostly in prescriptions of heparin, phentanyl, and midazolam. Intensive care and neurology units had the highest number of errors per prescription. Non-standard abbreviations were frequent and widespread. Overall it was estimated 3.3 errors per prescription order form. Pre-typed prescriptions were less likely to have errors compared to mixed or handwritten prescriptions. CONCLUSIONS: The study results show there is a need for standardizing the prescription process and eliminating handwritten prescriptions. The use of pre-typed or edited prescriptions may reduce errors associated to high-alert medications.

          Translated abstract

          OBJETIVO:Los errores de medicación son actualmente un problema mundial de salud pública, siendo los más serios los de prescripción. El objetivo del estudio fue analizar la práctica de la prescripción de medicamentos de alto riesgo y su relación con la prevalencia de errores de medicación en ambiente hospitalario. MÉTODOS: Estudio transversal retrospectivo abarcando 4.026 prescripciones con medicamentos potencialmente peligrosos. Durante 30 días de 2001, fueron analizadas todas las prescripciones recibidas en la farmacia de un hospital de referencia del estado de Minas Gerais (Sureste de Brasil). Las prescripciones fueron analizadas con relación a: legibilidad, nombre del paciente, tipo de prescripción, fecha, caligrafía o grafía, identificación del prescriptor, análisis del medicamento y uso de abreviaturas. Los errores de prescripción fueron clasificados como de redacción o decisión, siendo evaluada la influencia del tipo de prescripción en la ocurrencia de errores. RESULTADOS: Hubo predominio de la prescripción escrita a mano (45,7%). En 47,0% de las prescripciones escritas a mano, mixtas y pre-digitadas ocurrieron errores en el nombre del paciente, en 33,7% hubo dificultades en la identificación del prescriptor y 19,3% estaban poco legibles o ilegibles. En un total de 7.148 medicamentos de alto riesgo prescritos, fueron observados 3.177 errores, siendo más frecuente la omisión de información (86,5%). Los errores se concentraron principalmente en los medicamentos heparina, fentanil y midazolam; y los sectores de tratamiento intensivo y la neurología presentaron mayor número de errores por prescripción. Se observó el uso intensivo y sin estandarización de abreviaturas. Cuando se computaron todos los tipos de errores, se verificó 3,3 por prescripción. La prescripción pre-digitada presentó menor probabilidad de errores en comparación con las mixtas o escritas a mano. CONCLUSIONES:Los resultados sugieren la necesidad de la estandarización en el proceso de prescripción y la eliminación de aquellas hechas a mano. El uso de prescripciones pre-digitadas o editadas podrá disminuir los errores relacionados a los medicamentos potencialmente peligrosos.

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          Incidence of adverse events and negligence in hospitalized patients. Results of the Harvard Medical Practice Study I.

          As part of an interdisciplinary study of medical injury and malpractice litigation, we estimated the incidence of adverse events, defined as injuries caused by medical management, and of the subgroup of such injuries that resulted from negligent or substandard care. We reviewed 30,121 randomly selected records from 51 randomly selected acute care, nonpsychiatric hospitals in New York State in 1984. We then developed population estimates of injuries and computed rates according to the age and sex of the patients as well as the specialties of the physicians. Adverse events occurred in 3.7 percent of the hospitalizations (95 percent confidence interval, 3.2 to 4.2), and 27.6 percent of the adverse events were due to negligence (95 percent confidence interval, 22.5 to 32.6). Although 70.5 percent of the adverse events gave rise to disability lasting less than six months, 2.6 percent caused permanently disabling injuries and 13.6 percent led to death. The percentage of adverse events attributable to negligence increased in the categories of more severe injuries (Wald test chi 2 = 21.04, P less than 0.0001). Using weighted totals, we estimated that among the 2,671,863 patients discharged from New York hospitals in 1984 there were 98,609 adverse events and 27,179 adverse events involving negligence. Rates of adverse events rose with age (P less than 0.0001). The percentage of adverse events due to negligence was markedly higher among the elderly (P less than 0.01). There were significant differences in rates of adverse events among categories of clinical specialties (P less than 0.0001), but no differences in the percentage due to negligence. There is a substantial amount of injury to patients from medical management, and many injuries are the result of substandard care.
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            What Practices Will Most Improve Safety?

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              Is Open Access

              Erros de medicação: quem foi?

              Novas tecnologias diagnósticas e terapêuticas são cada vez mais utilizadas, melhorando a qualidade assistencial e aumentando a expectativa de vida; entretanto, a atenção à saúde vem se tornando mais cara e complexa. Os eventos adversos relacionados à assistência, especialmente os erros, são cada vez mais conhecidos, discutidos e julgados em tribunais. Os profissionais de saúde, devido à sua formação, não estão preparados para lidar com os erros, pois estes estão associados à vergonha, ao medo e às punições. A abordagem dos erros no sistema de saúde é, geralmente, feita de forma individualista, considerando os erros como atos inseguros cometidos por pessoas desatentas, desmotivadas e com treinamento deficiente. Quando o erro ocorre, a tendência é escondê-lo, perdendo-se oportunidade importante de aprendizado. Existe outro modo de lidar com erros, a visão sistêmica, que na sua aplicação apresenta bons resultados em setores como aviação, anestesia e sistemas de distribuição de medicamentos por dose unitária. Os sistemas possuem graus variados de segurança e devem levar em conta, na sua construção e funcionamento, as limitações humanas. Em relação ao uso dos medicamentos, uma mudança de paradigma é necessária, pois não basta um medicamento ter qualidade garantida, mas o seu processo de utilização também deve ser seguro. Os erros de medicação, que são por definição evitáveis, são atualmente um sério problema de saúde pública, levando a perdas de vidas e desperdício importante de recursos financeiros. A abordagem sistêmica dos erros de medicação poderá revelar as falhas do processo, sendo possível implementar melhorias, diminuindo, assim, a ocorrência desses eventos.
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                Journal
                rsp
                Revista de Saúde Pública
                Rev. Saúde Pública
                Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (São Paulo, SP, Brazil )
                0034-8910
                1518-8787
                June 2009
                : 43
                : 3
                : 490-498
                Affiliations
                [02] Belo Horizonte MG orgnameUniversidade Federal de Minas Gerais orgdiv1Faculdade de Farmácia orgdiv2Departamento de Farmácia Social Brasil
                [03] Belo Horizonte MG orgnamePontifícia Universidade Católica de Minas Gerais orgdiv1Departamento de Estatística Brasil
                [01] Belo Horizonte MG orgnameFundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais Brasil
                Article
                S0034-89102009000300013 S0034-8910(09)04300313
                10.1590/S0034-89102009005000028
                19377749
                7a17cb4c-3277-4f42-85fd-2f0b3b677ae8

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 07 February 2008
                : 03 November 2008
                : 09 July 2008
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 24, Pages: 9
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