RESUMO: No presente artigo, o labirinto é usado como metáfora para caracterizar a realidade educacional latino-americana em sua complexidade atual e seus condicionantes históricos. O objetivo é compreender os meandros desses labirintos e contribuir na busca de possibilidades para a construção de alternativas que apontem saídas. Na primeira parte do texto, há referência a obras da literatura, das ciências sociais e da educação que revelam as várias facetas e dimensões do labirinto. Na segunda parte, são identificadas tarefas para ajudar a lidar com os desafios do labirinto: a educação popular como lugar de resistência e de criação de inéditos viáveis; o descobrimento de protagonismos esquecidos e silenciados; a educação para um cosmopolitanismo crítico e solidário. Na conclusão, apontam-se três ingredientes de uma visão utópica para a educação: a imaginação que afirma a possibilidade de elevar-se acima do possível e ver os labirintos não como uma fatalidade; a condição de criar projetos através dos quais se pode incidir sobre a realidade imediata e mediata; e o agir com um certo grau de certeza.
RESÚMEN: En este artículo, el laberinto se utiliza como una metáfora para caracterizar la realidad educativa latinoamericana en su complejidad actual y sus condicionantes históricos. El objetivo es comprender las complejidades de estos laberintos y contribuir en la búsqueda de posibilidades para la construcción de alternativas que señalen salidas. En la primera parte del texto hay referencia a obras de la literatura, las ciencias sociales y la educación que revelan las diversas facetas y dimensiones del laberinto. En la segunda parte, se identifican algunas tareas para ayudar a enfrentar los desafíos del laberinto: la educación popular como un lugar de resistencia y la creación de inéditos viables; el descubrimiento de protagonismos olvidados y silenciados; educación para un cosmopolitismo crítico y solidario. La conclusión apunta a tres ingredientes de una visión utópica para la educación: la imaginación que afirma la posibilidad de elevarse por encima de lo posible y ver los laberintos no como una fatalidad; la condición de crear proyectos a través de los cuales uno puede enfocarse en la realidad inmediata y mediata; y actuación con cierto grado de certeza.
ABSTRACT: In this article, the labyrinth is used as a metaphor to characterize the Latin American educational reality in its current complexity and its historical conditionings. The objective is to understand these labyrinths' intricacies and contribute to the search for possibilities to construct alternatives that point out ways. The first part of the text references works from literature, the social sciences, and education that reveal the various facets and dimensions of the labyrinth. In the second part, there are identified tasks to help deal with the challenges of the labyrinth: popular education as a place of resistance and the creation of untested feasibilities; the discovery of forgotten and silenced protagonists; education for a critical and solidary cosmopolitanism. The conclusion points to three ingredients of a utopian vision for education: the imagination that affirms the possibility of rising above the possible and seeing the mazes, not as a fatality; the condition of creating projects through which one can act on reality immediately and mediate; and acting with a certain degree of certainty.