Assessing mobility resilience and vulnerability in the context of challenging transportation fare policies: a case study of Rio de Janeiro Translated title: Avaliação da resiliência e da vulnerabilidade da mobilidade no contexto de políticas desafiadoras de tarifas de transporte: um estudo de caso do Rio de Janeiro

Abstract

Abstract Resilience of urban mobility is an emerging topic, with most studies focusing on natural disasters or technical disturbances. However, there is a gap in understanding the resilience and vulnerability of urban mobility in the face of economic threats and inadequate transport policies, particularly in developing countries such as Brazil, characterized by social inequality and urban segregation. This study sheds light on the issue of urban inequalities and segregation, aiming to identify the most vulnerable and resilient areas of Rio de Janeiro in the event of an economic crisis. We assessed the resilience and vulnerability of the public transport system with commonly used accessibility indicators, applying fuzzy logic to data from 160 districts. We considered a scenario without the fare subsidy program. The results indicate that districts with better access to high-capacity transport systems and job opportunities exhibit higher levels of resilience and lower vulnerability. However, the study also uncovers socio-spatial inequalities, with resilience values tending to be higher in coastal areas and central business districts, exacerbating disparities. Addressing urban inequalities and segregation requires not only improving travel times and transportation systems but also considering the economic impact on vulnerable populations and promoting decentralized employment opportunities.

Translated abstract

Resumo A resiliência da mobilidade urbana é um tema emergente, com a maioria dos estudos focando em desastres naturais ou distúrbios técnicos. No entanto, há uma lacuna na compreensão da resiliência e da vulnerabilidade da mobilidade urbana diante de ameaças econômicas e políticas de transporte inadequadas, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil, caracterizados por desigualdade social e segregação urbana. Este estudo lança luz sobre a questão das desigualdades e da segregação urbana, com o objetivo de identificar as áreas mais vulneráveis e resilientes do Rio de Janeiro, no caso de uma crise econômica. Avaliamos a resiliência e a vulnerabilidade do sistema de transporte público usando indicadores de acessibilidade comumente usados, aplicando lógica difusa a dados de 160 distritos. Consideramos um cenário sem o programa de subsídio tarifário. Os resultados indicam que os distritos com melhor acesso a sistemas de transporte de alta capacidade e oportunidades de emprego apresentam níveis mais elevados de resiliência e menor vulnerabilidade. No entanto, o estudo também revela desigualdades socioespaciais, com valores de resiliência tendendo a ser maiores nas áreas costeiras e nos distritos centrais de negócios, exacerbando as disparidades. É evidente que enfrentar as desigualdades urbanas e a segregação requer não apenas melhorar os tempos de viagem e os sistemas de transporte, mas também considerar o impacto econômico nas populações vulneráveis e promover oportunidades de emprego descentralizadas.