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      O reconhecer e o lidar dos agentes comunitários de saúde diante da bioética: entre a ética do cuidado e os poderes disciplinares Translated title: The recognition and dealing of community health agents in light of bioethics: between care ethics and disciplinary powers

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          Abstract

          Resumo Este artigo discute o trabalho do agente comunitário de saúde (ACS) com foco nos problemas éticos enfrentados no cotidiano do trabalho e cuidado, espaço de cuidado e as diretrizes disciplinares sobre sua atividade. A metodologia é de origem qualitativa com utilização da cartografia associada a instrumentos da etnografia (observação participante, caderno de campo e entrevista semiestruturada). O ACS tem sido considerado um trabalhador diferenciado por pertencer à comunidade e à instituição de saúde. Tal característica pode trazer um potencial para a produção de projetos terapêuticos singulares e apontam também para a existência de conflitos na relação trabalhador-usuário e para o exercício de poder e de novas formas de controle. Trabalho e espaços de convivência comunitária não encontram limites precisos. As narrativas dos ACS mostram sua visão a respeito dos usuários, o sentido de vínculo, demonstrando sentimento de solidariedade e compaixão, o que corrobora a proposta da ética do cuidar baseada na responsabilidade pela conexão humana. Há fragilidades na formação do ACS para lidar com as questões de cuidado em saúde. Ser da comunidade interfere na sua própria privacidade e na intervenção excessiva na vida das pessoas, reproduzindo atitude de controle dos corpos.

          Translated abstract

          Abstract This article discusses the work of community health agents (ACS) focusing on the ethical problems in their daily work and care, the space of care and the disciplinary guidelines in their activities. In the scenario of changing care model, ACS have increasingly been considered differentiated workers as they belong to the community and to the health institution. These characteristics can bring a differential and potential for the production of unique therapeutic projects at the same time, which point to the existence of conflicts in the worker-user relationship and to the exercise of power and new forms of control in the primary care setting. Work and community spaces do not find precise limits. The ACS narratives show their viewpoint about users, the weaknesses in their formation, still based on actions that make them the sanitary police. There is professional hierarchy in the health team, the interviewees' statements showed the idea they have about the bond with users, which shows the feeling of solidarity and compassion, corroborating with the proposal of the ethics of caring based on responsibility for the human connection. Being from the community interferes with one’s privacy and excessive intervention in people's lives, reproducing biopower attitudes in the control of bodies.

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          Cuidado e reconstrução das práticas de Saúde

          Assistimos em tempos recentes à emergência de uma série de novos discursos no campo da saúde pública, mundial e nacionalmente, tais como a promoção da saúde, vigilância da saúde, saúde da família, redução de vulnerabilidade, entre outros. Contudo, uma efetiva consolidação dessas propostas e seu mais conseqüente desenvolvimento parece-nos depender de transformações bastante radicais no nosso modo de pensar e fazer saúde, especialmente em seus pressupostos e fundamentos filosóficos. É na condição de uma desconstrução teórica, com vistas a contribuir para a reconstrução em curso nas práticas de saúde, que se quer trazer ao debate a presente reflexão. Nesse sentido, examina-se o cuidado sob três perspectivas conceituais: como categoria ontológica, como categoria genealógica e como categoria crítica. A hermenêutica realizada na interface dessas três perspectivas permite apontar direções onde parece produtivo um esforço de reconstrução das práticas de saúde: um ativo movimento de profissionais e serviços de saúde no sentido de se voltarem ativamente à presença do outro no espaço assistencial, a otimização e diversificação das formas e qualidade da interação eu-outro nesses espaços e o enriquecimento dos horizontes de saberes e fazeres em saúde numa perspectiva decididamente interdisciplinar e intersetorial.
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            Bioética e atenção básica: um perfil dos problemas éticos vividos por enfermeiros e médicos do Programa Saúde da Família, São Paulo, Brasil

            Estudo empírico, qualitativo, de ética descritiva, com enfermeiros e médicos do Programa Saúde da Família (PSF), no Município de São Paulo, Brasil, com o objetivo de identificar os problemas éticos vivenciados por esses profissionais. Tendo sido solicitado aos profissionais que listassem problemas éticos a partir da narrativa de um caso vivido, os resultados apontam para problemas éticos na relação com o usuário e a família, na relação da equipe de saúde e nas relações com a organização e o sistema de saúde. Isto é, aspectos éticos que permeiam circunstâncias comuns da prática diária da atenção à saúde e não situações dilemáticas, que requerem soluções imediatas, usualmente mais exploradas na literatura bioética. Essa peculiaridade dos problemas éticos vividos na atenção básica pode levar à dificuldade em identificá-los como tal, pondo em risco a relação vincular que está no cerne do PSF.
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              A práxis do agente comunitário de saúde no contexto do programa saúde da família: reflexões estratégicas

              O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu no cenário brasileiro como estratégia de superação do modelo assistencial centrado na doença e no cuidado médico individualizado. Nesse contexto, os agentes comunitários de saúde (ACS) têm sido considerados atores-chave na implantação de políticas voltadas para a reorientação do modelo de atenção à saúde. O objetivo deste estudo foi analisar as concepções e percepções sobre o SUS e o PSF que norteiam as ações dos ACS, refletindo sobre sua função e formação profissional. O trabalho fundamentou-se na pesquisa quali-quantitativa, foi realizado em Cajuri-MG e foram entrevistados todos os ACS (n=11) que trabalhavam no PSF. Os resultados demonstraram que a maioria dos ACS (72,7%) residia na comunidade em que atuava, trabalhava há mais de cinco anos no PSF e acompanhava a quantidade de famílias recomendada. Entre as principais funções, destacaram-se visitas domiciliares, busca ativa e educação em saúde, que na maioria das vezes acontecia de forma individualizada e centrada no reforço da assistência médica e na prevenção de riscos específicos. Em relação à capacitação, 54,6% dos ACS receberam orientação antes de iniciar o trabalho e 81,8% participaram de cursos depois que já estavam trabalhando. Apenas 27,3% dos ACS souberam conceituar o SUS e 36,4% demonstraram entendimento adequado sobre PSF. Esses resultados demonstram a necessidade de maiores esforços para melhorar a capacitação do ACS, visando adequar seu nível de apreensão e conhecimento dos princípios do SUS e PSF, para que ele possa atuar segundo as diretrizes desse sistema e contribuir efetivamente para sua consolidação.
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                Role: ND
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                Journal
                physis
                Physis: Revista de Saúde Coletiva
                Physis
                IMS-UERJ (, RJ, Brazil )
                0103-7331
                1809-4481
                February 2019
                : 28
                : 4
                : e280423
                Affiliations
                [1] Niterói Rio de Janeiro orgnameUniversidade Federal Fluminense orgdiv1Programa de Pós-Graduação em Bioética Brazil apchuengue@ 123456gmail.com
                [2] Niterói Rio de Janeiro orgnameUniversidade Federal Fluminense Brazil tuliofranco@ 123456gmail.com
                Article
                S0103-73312018000400621
                10.1590/s0103-73312018280423
                a998f88d-7739-4a97-83d5-62f11b3bcc0a

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 10 January 2018
                : 08 October 2018
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