OBJECTIVE: To evaluate the results of the laparoscopic technique in the treatment of adrenal pheochromocytoma. METHOD: Ten patients, 7 men and 3 women, between 10 and 67 years of age (mean 48) with pheochromocytoma underwent transperitoneal laparoscopic adrenalectomy and were evaluated retrospectively, based on clinical, laboratory, and pathological diagnosis. In all cases there was a solid unilateral adrenal tumor, 5 on the left side and 5 on the right side, whose greater diameter varied from 7 to 80 mm (mean 32). Nine of the 10 patients were chronically hypertensive or had already had hypertensive crises. One patient was normotensive, but presented metabolic alterations suggestive of adrenergic hyperfunction. RESULTS: No deaths occurred in this series. There were two (20%) conversions to open surgery, one due to venous bleeding and one due to the difficulty of dissection behind the vena cava in a patient presenting a partially retro-caval tumor. Surgical time in the 8 non-converted cases ranged from 70 to 215 minutes (mean 136). One patient (10%) received blood transfusion, and another (10%) presented two complications - acute renal failure and a subcutaneous infection. Both had been converted to open surgery. None of the non-converted cases was transfused or presented complications. Hospital discharge occurred between the 2nd and 11th post-operative day (mean 3). The pathological exam of the surgical specimens confirmed the diagnoses of pheochromocytoma in all 10 cases, one of them associated with an aldosterone-producing cortical tumor. CONCLUSIONS: Laparoscopic adrenalectomy for selected patients presenting pheochromocytoma is feasible and provides good results.
OBJETIVO: Avaliar os resultados da utilização da técnica laparoscópica no tratamento do feocromocitoma de supra-renal. MÉTODO: Dez pacientes, sete homens e três mulheres, entre 10 e 67 anos de idade (média 48), com feocromocitoma, foram operados por via laparoscópica transperitoneal e avaliados retrospectivamente, com base nos diagnósticos clínico-laboratorial e anátomo-patológico. Em todos os casos havia um tumor sólido unilateral de supra-renal, cinco à direita e cinco à esquerda, cujo maior eixo variou de 7 a 80 mm (média 32). Nove dos dez pacientes eram hipertensos crônicos ou tinham história de picos hipertensivos. Um paciente era normotenso, mas apresentava alterações metabólicas sugestivas de hiperfunção adrenérgica. RESULTADOS: Nenhum óbito ocorreu na série. Houve duas (20%) conversões para cirurgia aberta, uma por sangramento venoso e uma por dificuldade de dissecção junto à veia cava, cujo paciente apresentava um tumor parcialmente retrocaval. O tempo operatório nos oito casos não-convertidos foi de 70 a 215 minutos (média 136). Um paciente (10%) recebeu transfusão de sangue e outro (10%) apresentou duas complicações - insuficiência renal aguda e infecção de tecido celular subcutâneo. Ambos foram convertidos para cirurgia aberta. Nenhum dos casos não-convertidos recebeu transfusão ou apresentou complicação. A alta hospitalar foi concedida entre o 2º e o 11º PO (mediana 3). O exame anátomo-patológico das peças cirúrgicas confirmou o feocromocitoma em todos esses dez casos, num deles associado a um tumor cortical produtor de aldosterona. CONCLUSÕES: A supra-renalectomia laparoscópica para casos selecionados de feocromocitoma é factível e apresenta bons resultados.