This paper analyzes the organizational and cultural basis on which financial markets in poor regions are built. The action of Christian Base Communities has been especially important in promoting a cultural change process and in the formation of a dense network of organizations that has enlarged the access of farmers both to financial markets and new channels of commercialization. This paper reconstructs the historical processes of constitution of credit unions, underscoring the influence of natural factors like climate on the "sertanejos'" rationality and the social structures of the new economic organizations.
Cet article analyse les fondements culturels et organisationnels sous jacents à la formation de marchés financiers formels dans des régions pauvres du Nord-Est du Brésil. . L'action des Communautés Ecclésiales de Base et des syndicats de travailleurs ruraux à partir des années 1970, a été décisive pour promouvoir un processus de changement culturel et de formation d'un important réseau d'organisations qui ont permis d'élargir l'accès des agriculteurs au marché formel des finances et à de nouveaux créneaux de commercialisation. L'article reconstruit les processus historiques qui ont mené à la formation de coopératives et montre l'influence du climat sur le fonctionnement des marchés, la rationalité économique du paysan et les structures sociales des nouvelles organisations économiques.
Este artigo analisa as bases culturais e organizacionais subjacentes à formação de mercados financeiros formais em regiões de baixa-renda. A ação das Comunidades Eclesiais de Base e dos sindicatos de trabalhadores rurais, a partir dos anos de 1970, foi decisiva para promover um processo de mudança cultural e a formação de uma densa rede de organizações que possibilitaram ampliar o acesso dos agricultores ao mercado financeiro formal e a novos canais de comercialização. O artigo procura reconstruir os processos históricos que levaram à formação das cooperativas, revelando-se como fatores fundamentais a influência do clima sobre os mercados, a racionalidade econômica do sertanejo e as estruturas sociais das novas organizações econômicas.