RESUMO: Neste estudo, analisamos as interações de seis famílias em visita à exposição virtual “ Aedes : que mosquito é esse?”, do Museu da Vida (RJ). Os objetivos foram: identificar as interações com a exposição e as conversas mais relevantes dos membros da família entre si durante as visitas; analisar aspectos de usabilidade e navegabilidade; e identificar especificidades do público familiar no que concerne à visitação virtual a museus e centros de ciências. A coleta de dados foi feita por meio de aplicação de questionário on-line e por gravação da tela e dos dados audiovisuais da família, com o uso do programa de livre acesso Flashback Recorder Express, durante a realização da visita, além de realização de entrevista semiestruturada on-line após a visita. Os dados foram categorizados e analisados, no caso dos dados audiovisuais, utilizando-se o software Dedoose. Os resultados indicaram valoração positiva da experiência de visitação, com protagonismo das crianças. Notamos que os membros da família conversam entre si para descobrir como se locomover e executar ações no ciberespaço; valorizam a possibilidade de interatividade e de aprendizado, sendo os totens interativos os que mais despertam interesse e emoções positivas; e buscam os textos expositivos de forma parcial, apesar do desinteresse na leitura. Quanto ao aspecto da virtualidade, além de barreiras associadas ao não funcionamento, o caráter imersivo é acompanhado por dificuldades com a usabilidade e navegabilidade, que, ainda que superáveis intuitivamente, associam-se a emoções negativas e poderiam ser minimizadas com o fornecimento de mais informações aos usuários.
ABSTRACT: In this study, we analyzed the interactions of six families visiting virtual exhibition “Aedes: which mosquito is this?” at Museu da Vida (RJ). The objectives were: to identify the most relevant interactions with the exposition and conversations between family members during the visits; analyze aspects of usability and navigability; and identify specificities of the family public regarding virtual visitation to museums and science centers. Data collection occurred by applying an online questionnaire, using the free Flashback Recorder Express program during the family’s visitation, in addition to conducting a semi-structured online interview after the visit. The data were categorized and analyzed, in the case of audiovisual data, using the Dedoose software. The results indicated a positive valuation about the visitation experience, with children playing a leading role. We noticed that the family members talk to each other to figure out how to get around and perform actions in cyberspace; they value the possibility of interactivity and learning, with interactive totems arousing the most interest and positive emotions; and they seek the exposition texts partially, despite lack of interest in reading. As for the aspect of virtuality, in addition to barriers associated with non-functioning, the immersive nature is accompanied by difficulties with usability and navigability, which, although intuitively overcome, are associated with negative emotions and could be minimize by providing more information to users.