Lebiasina marilynae n. sp., L. melanoguttata n. sp., and L. minuta n. sp. are described from the headwaters of the rio Curuá, in Serra do Cachimbo, Pará, Brazil, and represent the only members of the Lebiasininae in the Brazilian Shied, so far. A close relationship among these species is proposed based on: 1) the presence of a pair of foramina through which the ramus palatinus of the facial nerve passes, a modification unique in Lebiasinidae and apparently in the Characiformes, 2) the enlargement of the extrascapular bone, 3) the absence of the secondary stripe, and 4) the nearly equal length of caudal-fin lobes. Lebiasina marilynae additionally differs from all congeners in having the primary stripe extending from the tip of the snout to the distal border of the caudal-fin peduncle, the possession of two series of dark blotches parallel to the primary stripe, and a rounded dorsal surface of the mesethmoid. Lebiasina melanoguttata and Lebiasina minuta additionally differ from all congeners in the absence of the primary stripe and the caudal blotch, and the presence of three longitudinal series of dark blotches at the base of the scales of series 3-5. Lebiasina melanoguttata differs from Lebiasina minuta in the absence of a dark blotch at the base of the median rays of the dorsal fin, second infrapharyngobranchial bearing conical teeth, the reddish overall coloration of the eye and fins, and the dark blotches never coalescing (vs. dark dorsal-fin blotch present; the second infrapharyngobranchial being edentulous; dark, olive green eyes, and the yellowish overall color of body and fins; and the dark blotches of longitudinal series 3 and 4 coalescing where scales of adjacent longitudinal series overlap). The occurrence of species of the Lebiasininae on the Brazilian Shield is discussed, and the distribution pattern of the species described herein is compared to that of other endemic species of the Serra do Cachimbo, a highly biodiverse area isolated from the rest of the Amazon basin. Lebiasina marilynae n. sp., L. melanoguttata n. sp. and L. minuta n. sp. são descritas das cabeceiras do rio Curuá, na Serra do Cachimbo, Pará, Brasil, e representam os únicos membros de Lebiasininae no escudo brasileiro, até o momento. Uma relação próxima entre estas espécies é proposta com base em: 1) presença de um par de forames por onde passa o ramo palatino do nervo facial, uma modificação única em Lebiasinidae e aparentemente em Characiformes, 2) a expansão do osso extra-escapular, 3) a ausência da faixa secundária, e 4) os lobos da nadadeira caudal com comprimento similar. Lebiasina marilynae difere ainda de seus congêneres pela faixa primária estendendo-se da ponta do focinho à porção distal do pedúnculo caudal, a presença de duas séries de manchas escuras paralelas à faixa primária, e a superfície dorsal do mesetmoide arredondada. Lebiasina melanoguttata e Lebiasina minuta também diferem de seus congêneres pela ausência da faixa primária e da mancha caudal, e pela presença de três séries longitudinais de manchas escuras na base das escamas das séries 3-5. Lebiasina melanoguttata difere de Lebiasina minuta pela ausência de uma mancha escura na base dos raios médios da nadadeira dorsal, presença de dentes cônicos no segundo infra-faringobranquial, a coloração avermelhada dos olhos e nadadeiras e pelas manchas escuras não coalescendo (vs. mancha escura presente na nadadeira dorsal; o segundo infrafaringobranquial sendo edêntulo; olhos escuros em tom oliváceo e coloração amarelada do corpo e nadadeiras; e as manchas escuras nas escamas das séries longitudinais 3 e 4 coalescendo no ponto onde escamas longitudinais adjacentes se sobrepõem). A ocorrência de espécies de Lebiasininae no escudo brasileiro é discutida e o padrão de distribuição das espécies descritas é comparado com o de outras espécies endêmicas da Serra do Cachimbo, uma área de alta biodiversidade isolada do restante da bacia amazônica
