Abstract This article responds to a trend in recent anthropological scholarship in Africa that has overemphasized a lack of social organization following the advancement of neoliberal reforms across the continent. Using a theoretical framework informed by the theory of Louis Dumont, I show that social organization remains an important analytical topic in times of crisis, and that this is best apprehended through an analysis of values. The ethnographic focus of this article is Pentecostal Christianity as it is practiced on the Zambian Copperbelt. In this particular African context, Pentecostalism is animated by an overarching value that I call "moving," which is in turn made up to two sub-values: charisma and prosperity. By exploring how Pentecostal believers navigate the hierarchical relationship between these two sub-values, we are given a clear picture of the social world that Pentecostal adherence makes possible.
Resumo Este artigo responde a uma tendência dos estudos antropológicos recentes na África de enfatizar em demasia a carência de organização social como decorrente do avanço das reformas neoliberais no continente. Fazendo uso de um aparato teórico informado pela teoria de Louis Dumont, demonstro como a organização social continua a ser um tópico analítico importante em tempos de crise - e que isso é mais bem percebido por meio de uma análise dos valores. O foco etnográfico é o cristianismo pentecostal tal como praticado no Cinturão do Cobre da Zâmbia. Nesse contexto africano específico, o pentecostalismo é animado por um valor abrangente que chamo de "avanço" (moving), que abriga dois subvalores: carisma e prosperidade. A análise do modo como os crentes pentecostais lidam com a relação hierárquica entre esses dois subvalores permite uma visão mais clara do mundo social que a adesão ao pentecostalismo torna possível.