RESUMO O presente trabalho analisa o primeiro trecho do Diário de José Custódio de Sá e Faria, concretamente o caminho feito por terra, em quatro dias, entre São Paulo e Araritaguaba (Porto Feliz), que prosseguiria por rios até o Forte de Iguatemi. O foco são os cinco mapas que delineiam o trajeto percorrido nesses dias. O texto desse borrão, primeira versão feita durante a viagem, foi transcrito e comparado com outras versões do Diário e do mapa, em apêndice documental comentado. Uma análise das informações latentes permitiu determinar em detalhe esse antigo caminho que data de tempos imemoriais, provavelmente do século XVI. Desenvolveu-se uma metodologia de trabalho para essa determinação que pode ser aplicada em outros casos e torna-se particularmente interessante em um momento em que os órgãos responsáveis pelo patrimônio realizam tombamentos de caminhos.
ABSTRACT This paper analyzes the first strecht of the Diary of José Custódio de Sá e Faria, specifically the 4-day overland route between São Paulo and Araritaguaba (Porto Feliz), which would continue along rivers to Iguatemi Fort. The focus is on the five maps that outline the route traveled these days. The text of this draft, the first version made during the trip, was transcribed and compared with other versions of the Diary and the associated map, in a commented documentary appendix. An analysis of latent information has allowed us to determine in detail this ancient path dating from time immemorial, probably from the 16th century. A working methodology has been developed for this determination, which can be applied in other cases and becomes particularly interesting at a time when the organizations responsible for Heritage carry out memory preservation.