Resumo Este artigo debruça-se sobre as potencialidades do sketching nos estudos de mobilidade. Começando por cruzar as preocupações e especificidades das metodologias móveis com as questões levantadas pelo uso das metodologias baseadas na arte em ciências sociais e em particular na sociologia, confronta-se este enquadramento teórico metodológico com a experiência de um workshop de metodologias móveis organizado no contexto de um seminário sobre mobilidades. Os resultados desta experiência fizeram emergir três temas que se afiguram centrais para a problematização do recurso ao desenho enquanto ferramenta ao serviço das metodologias móveis : o aparente determinismo imposto pelas competências e skills preexistentes ; a importância do tempo na observação da passagem do tempo ; e, por fim, as questões éticas associadas ao acto de desenhar in loco. Conclui-se com uma reflexão sobre os principais desafios que se colocam ao uso desta ferramenta na investigação social aplicada aos estudos de mobilidade.
Abstract This article focuses on the potential of sketching for mobility studies. Crossing the concerns and specificities of mobile methodologies with the issues raised using arts-based methodologies in social sciences, particularly in sociology, we proceed to confront this framework with the experience of a mobile methodology workshop held in the context of a seminar on mobility. The results of this experiment led to the emergence of three central themes when discussing the role of drawing as a tool at the service of mobile methodologies : the apparent determinism imposed by pre-existing skills and abilities in the researcher ; the importance of time when observing the passage of time ; and, finally, the ethical issues associated with drawing on the spot. The paper ends with a reflection on the main challenges of the use of this tool in mobility studies’ research.