p53, c-erbB-2 and epidermal growth factor receptor (EGFR) are cancer-related proteins that are usually expressed in head and neck squamous cell carcinoma (SCC). Their prognostic value remains controversial.
To evaluate the prognostic impact of p53, c-erbB-2 and EGFR expression in head and neck SCC.
Fifty-four patients were studied for p53, c-erbB-2 and EGFR expression in head and neck SCC and adjacent mucosa, via immunohistochemistry. These data were correlated with histoclinical data and survival.
There was a direct association of p53 expression in SCC and mucosa (p = 0.001); loss of c-erbB-2 expression (-) from normal mucosa to SCC (p = 0.04); lower frequency of association of c-erbB-2 (+) with EGFR (-) in SCC (p = 0.02); and a direct association of EGFR (+) expression in SCC and mitotic index (p = 0.03). The 60-month actuarial survival rates for patients presenting lymph node metastasis were higher when there was no capsule rupture by SCC (48.3%; p = 0.02), no more than one positive lymph node (52.3%; p = 0.004) or clear surgical margins (47.0%; p = 0.01), in comparison with patients presenting capsule rupture (20.2%), two or more positive lymph nodes (18.7%) or compromised surgical margins (0.0%), respectively. Patients presenting SCC p53 (+) and EGFR (-) demonstrated greater survival (75.0%; p = 0.03) than for the remaining group (33.1%). Multivariate analysis confirmed the positive impact of p53 (+) and EGFR (-) on survival (p = 0.02).
Associations were found for p53, c-erbB-2 and EGFR expression with histoclinical data and prognosis. Interestingly, these results suggest that loss of mucosal c-erbB-2 expression could be involved in SCC carcinogenesis; EGFR expression in SCC is related to tumor mitotic index; and presence of p53 with absence of EGFR expression in head and neck SCC may be a prognostic factor for survival.
p53, c-erbB-2 e receptor epidermal do fator de crescimento (EGFR) são proteínas associadas ao câncer, geralmente expressas nos carcinomas espinocelulares (CEC) de cabeça e pescoço, porém seu valor prognóstico permanece controverso.
Departamento de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia do Hospital AC Camargo, São Paulo.
A expressão de p53, c-erbB-2 and EGFR em CECCP e mucosas de 54 pacientes foram estudadas por imunoistoquímica e estes dados foram correlacionados com dados histoclínicos e sobrevida.
Foram observadas: associação direta da expressão de p53 em CEC e mucosas (p = 0,001); perda da expressão de c-erbB-2 (-) da mucosa normal para o CEC (p = 0,04); menor freqüência da associação da expressão de c-erbB-2 positivo com EGFR negativo nos CEC (p = 0,02); e entre o EGFR positivo e o índice mitótico (p = 0,03). A sobrevida atuarial para 60 meses foi maior para os pacientes que apresentavam disseminação para gânglios no pescoço sem ruptura capsular (48.3% p = 0,02), até um gânglio positivo (52.3%, p = 0,004), e margens cirúrgicas livres (47.0%, p = 0,01), quando comparadas aos pacientes que apresentavam ruptura capsular nos gânglios do pescoço (20,2%), dois ou mais gânglios positivos (18,7%), e margens cirúrgicas comprometidas (0,0%), respectivamente. Pacientes apresentando CEC p53 positivo e EGFR negativo apresentaram uma sobrevida maior (75.0%, p = 0,03) quando comparados ao grupo de pacientes remanescentes (33,1%). A análise multivariada confirmou o impacto positivo de p53 positivo e EGFR negativo na sobrevida (p = 0,02).
Este estudo encontrou associações da expressão de p53, c-erbB-2 e EGFR com dados histoclínicos e com o prognóstico. De especial interesse, os resultados sugerem que a perda da expressão mucosa de c-erbB-2 pode estar envolvida com a carcinogênese; que a expressão de EGFR está relacionada com o índice mitótico dos CEC e que a presença da expressão de p53 com perda da expressão de EGFR nos CEC pode ser um fator prognóstico.