JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A efedrina é o vasopressor mais utilizado em obstetrícia e a etilefrina é muito usada em anestesia regional. O objetivo deste estudo foi comparar a efedrina com a etilefrina para correção de hipotensão arterial materna durante raquianestesia para cesariana eletiva. MÉTODO: Foram estudadas 120 gestantes divididas de forma aleatoria em dois grupos iguais. Todas receberam raquianestesia com bupivacaína, fentanil e morfina. Foi medida a pressão arterial não-invasiva e a freqüência cardíaca. Os recém-nascidos foram avaliados com o índice de Apgar. A incidência de hipotensão arterial, a quantidade de vasopressor necessária para correção e os efeitos adversos foram anotados. RESULTADOS: Ocorreu hipotensão arterial materna com freqüência nos dois grupos, sendo 68% do grupo etilefrina e 63% do grupo efedrina. Na maioria das gestantes foi corrigida com a primeira dose do vasopressor, sem diferença entre os grupos (66% etilefrina, 58% efedrina). A hipotensão arterial necessitou de duas ou mais doses de vasopressor para ser corrigida ou houve hipertensão reativa em poucas pacientes (24% e 10% do grupo etilefrina e 34% e 8% do grupo efedrina, respectivamente) sem diferença estatística significativa. Não houve diferença nos efeitos adversos e nos testes dos recém-nascidos. CONCLUSÕES: Com o método de administração empregado e com as doses de vasopressor selecionadas não houve diferença entre a efedrina e a etilefrina quando utilizadas para corrigir a hipotensão arterial materna em cesarianas com raquianestesia.
BACKGROUND AND OBJECTIVES: Ephedrine is the most popular vasopressor for obstetrics and etilefrine is widely used in regional anesthesia. This study aimed at comparing ephedrine and etilefrine to correct maternal arterial hypotension during elective Cesarean section under spinal anesthesia. METHODS: Participated in this study 120 pregnant patients who were randomly distributed in two equal groups. All patients received spinal anesthesia with bupivacaine, fentanyl and morphine. Noninvasive blood pressure and heart rate were monitored. Neonates were evaluated by the Apgar score. The incidence of hypotension, the amount of vasopressor needed to correct it and adverse effects were recorded. RESULTS: Maternal hypotension was similar in both groups (68% etilefrine group and 63% ephedrine group). The first vasopressor dose was enough to correct hypotension in most patients, with no difference between groups (66% etilefrine, 58% ephedrine). Few patients needed two or more doses to correct hypotension or presented reactive hypertension (24% and 10% in etilefrine and 34% and 8% in ephedrine groups, respectively), without statistically significant differences. There were no differences in adverse effects and neonate tests. CONCLUSIONS: With the administration method and selected vasopressor doses, there have been no differences between ephedrine and etilefrine used to correct maternal hypotension during Cesarean section under spinal anesthesia.
JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: La efedrina es el vasopresor más utilizado en obstetricia y la etilefrina es muy usada en anestesia regional. El objetivo de este estudio fue el de comparar la efedrina con la etilefrina para la corrección de la hipotensión arterial materna durante raquianestesia para cesárea electiva. MÉTODO: Se estudiaron 120 embarazadas divididas aleatoriamente en dos grupos iguales. Todas recibieron raquianestesia con bupivacaína, fentanil y morfina. Se les midió la presión arterial no invasiva y la frecuencia cardiaca. Los recién nacidos fueron evaluados con el índice de Apgar. La incidencia de hipotensión arterial, la cantidad de vasopresor necesaria para corrección y los efectos adversos fueron registrados. RESULTADOS: Ocurrió hipotensión arterial materna con frecuencia en los dos grupos, siendo un 68% del grupo etilefrina y un 63% del grupo efedrina. En la mayoría de las embrazadas, se corrigió con la primera dosis del vasopresor, sin diferencia entre los grupos (66% etilefrina, 58% efedrina). La hipotensión arterial necesitó dos o más dosis de vasopresor para ser corregida o se registró hipertensión reactiva en pocas pacientes (un 24% y un 10% del grupo etilefrina y 34% y 8% del grupo efedrina, respectivamente), sin diferencia estadística significativa. No hubo diferencia en los efectos adversos y en las pruebas de los recién nacidos. CONCLUSIONES: Con el método de administración empleado y con las dosis de vasopresor seleccionadas no hubo diferencia entre la efedrina y la etilefrina cuando se utilizaron para corregir la hipotensión arterial materna en cesáreas con raquianestesia.