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      Reabilitação cardiovascular: custo-benefício

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          Abstract

          Nestes últimos 50 anos deste milênio foi conseguido um volume de pesquisa e recursos para o diagnóstico, a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, focalizando em especial a aterosclerose como uma doença multifatorial e sistêmica. Um grande avanço tecnológico ocorreu, como nunca antes visto em nenhuma área da medicina, mas infelizmente a maioria deste avanço tecnológico foi destinado ao tratamento das complicações da aterosclerose. Nas últimas duas décadas tivemos a oportunidade de assistir, presenciar e empregar resultados de pesquisas que focalizam aquilo que seria o tratamento efetivo da aterosclerose: a prevenção primária e secundária, e em termos de prevenção secundária a palavra de ordem é frear a evolução da doença ou conseguir a regressão da doença aterosclerótica. Estudos clínicos têm demonstrado que estes resultados são possíveis, agora, não apenas um sonho dos médicos e cientistas. Mas há ainda uma distância muito grande entre o conhecimento e seu emprego diário, tanto pelos médicos, como pela comunidade. Entidades dedicadas à prevenção de doenças cardiovasculares propõem pesquisas na prevenção, nos cuidados e tratamento das doenças cardiovasculares¹ e muitos expertos participam de consensos médicos para a normatização e aplicação das medidas discutidas ou em debate mundial. O exercício físico tem seu papel claramente definido na prevenção primária e secundária, não só das doenças cardiovasculares, como também de todas as doenças, ou seja, é mais amplo, é a realização plena da "promoção da saúde", e hoje o exercício físico é abordado como "terapêutica cardiovascula", ou seja, a prescrição de exercícios físicos é uma terapêutica, o médico que não prescreve atividade física está deixando o seu paciente sem uma alternativa terapêutica muito importante. Stephard e Balady² em excelente artigo recentemente publicado, abordando "Exercício como terapêutica cardiovascular", concluíram que um estilo de vida fisicamente ativo pode ser melhor "comprado" pela saúde pública. Existe uma necessidade urgente de traduzir estes achados na implementação da prática clínica, que aumentará o hábito de atividade física em nossos pacientes - aqueles sedentários, mas que ostentam ser saudáveis e aqueles que já desenvolveram manifestações de doenças cardíacas. Existem recomendações bem estabelecidas para os grupos que se dedicam a prestar serviços na área de reabilitação cardiovascular, em várias publicações3,4 e, recentemente, Balady e Chaitman5, enfatizaram em pelo menos 11 itens as recomendações e normas para estas atividades, bem como os seus benefícios e riscos. Para os grupos com atividade desportiva, amadora ou competitiva, melhor reportado por Maron e Mitchell nas recomendações da 26ª Conferência de Bethesda para determinar eligibilidade para competição em atletas com anormalidades cardiovasculares6, com ênfase especial dada às arritmias7 e posteriormente como recomendações "Triagem cardiovascular pré-participação de atletas competitivos", pela Associação Americana de Cardiologia (AHA - American Heart Association)8, originando um adendo9, por conflitos desencadeados por estas diretrizes com National Collegiate Athletic Association (NCAA). Os autores sugerem fortemente que os membros componentes das equipes de promoção de saúde e que empregam o treinamento físico tenham conhecimento destas normas e as pratiquem, para em primeiro lugar estar em dia com os conhecimentos disponíveis na literatura mundial e ainda para evitar problemas legais, especialmente em atletas, como descrito por Maron10. Existem à disposição estudos e questionários que podem predizer a capacidade física e que podem ser empregados com segurança e de muito fácil aplicabilidade a baixo custo11-13. Ainda, a inatividade física deve ser considerada como um risco maior para a saúde e estudos em populações habituais de clubes sociais, agremiações, têm demonstrado um risco muito baixo da atividade física recreativa. Apresentado na 72ª Sessão científica da American Heart Association em Atlanta, novembro de 1999(14), por Barry A. Franklin, de Royal Oak, Michigan - William BeaumontHospital, uma autoridade neste assunto, hoje presidente da American College of Sports Medicine, como "Eventos cardiovasculares fatais durante atividade física recreacional", o que nos permitiria acrescentar que se a inatividade física é um fator altamente prevalente e facilmente modificável, devemos encorajar os indivíduos de nossa comunidade, incluindo familiares, parentes, amigos, pessoas do ambiente de trabalho, indiscutivelmente os nossos pacientes (a estes se não indicarmos atividade física deve ser considerada "má prática médica"), a desenvolverem atividade física com a certeza de que esta é uma recomendação de muito baixo risco e, se seguirmos as normas de triagem, avaliação e elegibilidade, dentro de um contexto científico, podemos certamente beneficiar um grande número de pessoas, com muito baixo risco e muito baixo custo e divulgar, no sentido de popularizar uma "cultura nova: a cultura do movimento para o ser humano", e o novo século possivelmente será caracterizado não pela inatividade, uma aberração (Eston Shostak), mas pelo movimento.

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          Triglyceride concentration and ischemic heart disease: an eight-year follow-up in the Copenhagen Male Study.

          The role of triglycerides as a risk factor of ischemic heart disease (IHD) remains controversial. For the present study, we examined the relation between fasting triglycerides and risk of IHD in the Copenhagen Male Study. Baseline measurements of fasting lipids and other IHD risk factors were obtained for 2906 white men (age range, 53 to 74 years) who were initially free of overt cardiovascular disease. During an 8-year follow-up period, 229 men had a first IHD event. Crude cumulative incidence rates of IHD were 4.6% for the lowest, 7.7% for the middle, and 11.5% for the highest third of triglyceride levels (P for trend <.001). Compared with the lowest third level and adjusted for age, body mass index, alcohol, smoking, physical activity, hypertension, non-insulin-dependent diabetes mellitus, social class, and LDL and HDL cholesterol, relative risks of IHD (95% confidence interval) were 1.5 (1.0 to 2.3; P=.05) and 2.2 (1.4 to 3.4; P<.001) for the middle and highest third of triglyceride levels, respectively. When triglyceride levels were stratified by HDL cholesterol levels (triglyceride third multiplied by HDL cholesterol third), a clear gradient of risk of IHD was found with increasing triglyceride levels within each level of HDL cholesterol, including high HDL cholesterol level, which are thought to provide protection against IHD. In middle-aged and elderly white men, a high level of fasting triglycerides is a strong risk factor of IHD independent of other major risk factors, including HDL cholesterol.
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            Major bleeding in patients with atrial fibrillation receiving apixaban or warfarin: The ARISTOTLE Trial (Apixaban for Reduction in Stroke and Other Thromboembolic Events in Atrial Fibrillation): Predictors, Characteristics, and Clinical Outcomes.

            This study sought to characterize major bleeding on the basis of the components of the major bleeding definition, to explore major bleeding by location, to define 30-day mortality after a major bleeding event, and to identify factors associated with major bleeding.
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              Increasing burden of cardiovascular disease: current knowledge and future directions for research on risk factors.

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                Journal
                rbme
                Revista Brasileira de Medicina do Esporte
                Rev Bras Med Esporte
                Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (São Paulo )
                1806-9940
                August 2000
                : 6
                : 4
                : 145-154
                Article
                S1517-86922000000400006
                10.1590/S1517-86922000000400006
                5dcdf359-bbd8-4259-8e83-7aaebf2bfc63

                http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/

                History
                Product

                SciELO Brazil

                Self URI (journal page): http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1517-8692&lng=en
                Categories
                PHYSIOLOGY
                SPORT SCIENCES

                Sports medicine,Anatomy & Physiology
                Reabilitação cardiovascular
                Sports medicine, Anatomy & Physiology
                Reabilitação cardiovascular

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