INTRODUÇÃO: A neoangiogênese e a resposta imunológica são mecanismos importantes no desenvolvimento das metástases. OBJETIVO: Avaliar a reatividade linfonodal e a densidade microvascular nas metástases cervicais de carcinoma epidermóide com tumor primário oculto, considerando a sua relação com outras variáveis histológicas e clínicas. TIPO DE ESTUDO: Série de casos, retrospectiva. CASUÍSTICA E MÉTODO: 19 pacientes submetidos a esvaziamento cervical entre 1983 e 2000. Os linfonodos foram reavaliados quanto ao tipo de reatividade, considerando a área cortical e paracortical. Nas metástases foi avaliado o grau de diferenciação, desmoplasia, necrose, e densidade microvascular (CD34). Foi estabelecida a relação entre as diferentes variáveis histológicas e clínicas, incluindo o estadiamento e a evolução dos pacientes. RESULTADOS: A densidade microvascular apresentou mediana de 91 vasos/mm2, variando de 28 a 145. A reatividade paracortical foi mais freqüente nos pacientes com menos de 55 anos (90% x 44%, p= 0,05). A sobrevida livre de doença foi de 52% em 3 anos, sendo similar entre os pacientes com maior ou menor densidade microvascular tumoral. CONCLUSÕES: A densidade microvascular nas metástases de tumor primário oculto apresenta grande variação individual. Não foi possível estabelecer relação entre a densidade microvascular e as variáveis clínicas e histológicas estudadas.
BACKGROUND: neoangiogenesis and the immune response are important mechanisms in metastasis development. AIM: to evaluate lymph node reactivity and microvessel density in neck metastasis of occult primary squamous cell carcinoma considering their histological and clinical variables. STUDY DESIGN: retrospesctive case-series. METHOD: 19 patients with neck metastasis of occult primary squamous cell carcinoma who underwent neck dissection between 1983 and 2000 were selected. The lymph nodes were reevaluated on the type of reactivity in both the cortical and paracortical areas, and the metastasis were assessed as to grade, desmoplasia, necrosis and microvessel density (CD34). The relationship between histological and clinical variables was evaluated. RESULTS: the median microvessel density was 91 vessels/mm2, varying from 28 to 145. Paracortical hyperplasia was more common in patients below 55 years of age (90% x 44%, p= 0.05), but there was no relationship between reactivity patterns and microvessel density with prognosis. The disease-free survival was 52% in 3 years, being similar in both groups, with higher or lower microvessel densities. CONCLUSION: microvessel density in neck metastasis of occult primary squamous cell carcinoma had a great individual variability. It wasn’t possible to establish the relationship between microvessel density and the clinical or histological variables studied.