Resumo Este artigo decola da experiência de um curso de pós-graduação (o Curso), orientado por perspectiva crítica à ‘colonialidade do saber’ e que sublinha a importância de espaço para vozes não eurocêntricas nas universidades e entrelace de saberes, como os academicamente legitimados e aqueles que encarnam vivencias comunitárias e heranças culturais de povos originais e escravizados. Considerando autores, em especial feministas, latino-americanos e africanos, sobre pós-colonialismo e decolonialidade, no Curso se analisam romances de autoras africanas e se o desenha como uma experiência crítica à colonialidade do saber; identidades culturais negadas e se estimula pesquisar maternidade além do privado, como construto de reprodução social. Demonstra-se também a potencialidade do entrelace entre sociologia e literatura.
Abstract This article takes off from the experience of a post-graduation course (the Course), guided by a critical perspective to the ‘coloniality of knowledge’ and underlining the importance of space for non-Eurocentric voices in universities and interlace of knowledge, such as academically legitimized and those who embody community experiencs and cultural heritages of original and enslaved peoples. Considering authors, especially feminists, Latin Americans and Africans, about postcolonialism and decoloniality, the Course analyzes novels by African authors and draws it as a critical experience to the coloniality of knowledge; denied cultural identities are rescued and maternity research beyond the private as a construct of social reproduction is encouraged. It is also demonstrated the potentiality of the interlace between sociology and literature.