14
views
0
recommends
+1 Recommend
1 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Enfrentamentos do Estudante na Iniciação da Semiologia Médica Translated title: Challenges faced by Students when Beginning Medical Semiology

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          RESUMO Introdução: Uma das maiores expectativas do acadêmico de Medicina é ter contato com o paciente. Tradicionalmente, é na disciplina de Semiologia Médica que este contato se materializa. Este artigo pretende identificar vivências, opiniões e situações adversas enfrentadas por alunos do quarto período a fim de propor estratégias de enfrentamento para esses dilemas na graduação. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, cujos participantes foram 87 alunos do quarto período do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que compuseram 12 grupos focais. As discussões foram transcritas para posterior análise. O material produzido foi submetido a uma Classificação Hierárquica Descendente (CHD) simples com auxílio do software Iramuteq versão 0.6. Resultados: A CHD dividiu o corpus em cinco classes: o paciente; o estudante; a metodologia; reconhecimento; o exame físico. Foram relatadas como barreiras nas primeiras vivências do estudante: a escolha dos pacientes para as primeiras anamneses; a sensação de que não está ajudando o paciente; receio de incomodar; dificuldade de distinguir o normal do patológico; problemas na metodologia de ensino; o desafio de lidar com a intimidade emocional e corporal do paciente; dificuldades técnicas no exame físico. Discussão: A percepção de incompetência e de não poder contribuir com o tratamento do paciente gera no estudante ansiedade, angústia, frustrações, insegurança, dúvida e medo, o que dificulta o enfrentamento nos primeiros contatos com o paciente. Tais condições prejudicam tanto o aprendizado, como a saúde mental do aluno e, dependendo de como sejam enfrentadas, podem interferir na formação e na prática médica. Considerações finais: Nos primeiros contatos com o doente, o estudante necessita de habilidades que não se sente capaz de demonstrar. Assim, são vivenciados vários sentimentos, que limitam a construção de um conhecimento que é progressivo, mas que acontece num cenário real, onde as demandas se apresentam de forma integral. Por esse motivo, espaços de diálogo são fundamentais para que os graduandos tenham uma rede de apoio para suprimir o estresse do contato com o paciente e os desafios do seu adoecimento. É necessária maior integração entre docentes e discentes para melhor aproveitamento das aulas em cenários práticos, bem como respeito às limitações próprias do estudante, de forma que este não as entenda como inadequadas.

          Translated abstract

          ABSTRACT Introduction: One of the greatest expectations of the medical student is having contact with the patient. This contact traditionally materializes in the discipline of medical semiology. This article intends to identify the experiences, opinions and adverse situations faced by fourth-semester students in order to propose coping strategies for these dilemmas within undergraduate training. Methodology: A descriptive, qualitative study, with a sample of 87 fourth-semester students from the undergraduate medical course at UFPB, who composed 12 focus groups. The discussions were transcribed for further analysis. The material produced was submitted for simple Descending Hierarchical Classification (DHC) with the aid of Iramuteq software version 0.6. Results: DHC split the corpus into five classes: Patient; Student; Methodology; Recognition; and Physical Examination. The students reported the following as barriers in their initial experiences: choice of patients for the first anamneses; believing that they were not helping the patient; fear of disturbing the patient; difficulty in distinguishing between what is normal and what is pathological; problems in the teaching methodology; the challenge of dealing with the emotional; and physical contact with the patient and technical difficulties in the physical examination. Discussion: Feeling incompetent and incapable of helping to treat the patient causes anxiety, anguish, frustration, insecurity, doubt and fear in the student, making it difficult to cope in their initial contact with patients. Such conditions undermine both the learning and mental health of the student and, depending on how they are dealt with, may interfere in their medical training and practice. Final considerations: Upon first contact with the patient the student needs skills that he or she does not feel capable of performing. Thus, several feelings are experienced that limit the learning process, which is progressive, but happens in a real life scenario, where demands are presented in a comprehensive manner. For this reason, platforms for discussion are fundamental for student doctors to have a support network to resolve the stress of contact with the patient and the challenges of dealing with their illnesses. Greater integration between teachers and students is necessary for the best use of classes in practical settings, as well as respect for the student's own limitations, so that they are not deemed as inadequate.

          Related collections

          Most cited references16

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: not found

          Marrying content and process in clinical method teaching: enhancing the Calgary-Cambridge guides.

          Communication skills training is now internationally accepted as an essential component of medical education. However, learners and teachers in communication skills programs continue to experience problems integrating communication with other clinical skills, ensuring that clinical faculty support and teach communication beyond the formal communication course, extending communication training coherently into clerkship and residency, and applying communication skills in medical practice at a professional level of competence. One factor contributing to these problems is that learners confront two apparently conflicting models of the medical interview: a communication model describing the process of the interview and the "traditional medical history" describing the content of the interview. The resulting confusion exacerbates the above dilemmas and interferes with learners using communication skills training to advantage in real-life practice. The authors propose a comprehensive clinical method that explicitly integrates traditional clinical method with effective communication skills. To implement this more comprehensive approach, they have modified their own Calgary-Cambridge guides to the medical interview by developing three diagrams that visually and conceptually improve the way communication skills teaching is introduced and that place communication process skills within a comprehensive clinical method; devising a content guide for medical interviewing that is more closely aligned with the structure and process skills used in communication skills training; and incorporating patient-centered medicine into both process and content aspects of the medical interview. These enhancements help resolve ongoing difficulties associated with both teaching communication skills and applying them effectively in medical practice.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: found
            Is Open Access

            Papel dos profissionais de saúde na política de humanização hospitalar

            O interesse por este tema surgiu a partir de uma reflexão sobre o papel do profissional de saúde nos atendimentos realizados no ambiente hospitalar, tendo como meta transmitir para esses profissionais informações sobre os cuidados de saúde de uma maneira mais simples e humanizada, e assim levar o bem-estar a todos. O governo adota uma política legal e ética com relação à saúde no país, possuindo um papel fundamental no processo de humanização. Com a proposta de melhorar a qualidade do atendimento nos hospitais, percebemos que estas atividades requerem tempo e conscientização tanto dos profissionais como do governo e pessoas envolvidas no sistema de saúde. Diante desta situação, o psicólogo surge com o papel de resgatar o ser humano para além de sua dimensão físico-biológica e situá-lo num contexto maior de sentido e significado nas suas dimensões psíquicas e sociais.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: found
              • Article: found
              Is Open Access

              A angústia na formação do estudante de medicina

              Este trabalho objetivou conhecer as situações que se apresentam ao estudante de Medicina como angustiantes durante a sua formação e os fatores que ele identifica como originários desse sentimento. Foi empregada uma abordagem etnográfica, utilizando-se entrevistas semi-estruturadas, observação e grupos de discussão. Os dados foram analisados por meio de Análise de Conteúdo. Os alunos identificaram a dissociação entre o ciclo básico e o profissionalizante como responsável pela angústia suscitada em face do primeiro contato com o paciente, além de apresentarem estresse psicológico por terem que trabalhar com a dor e o sofrimento. Os discentes identificaram, também, como fator estressante o fato de que sua aprendizagem implica a utilização de outro ser humano. Além disso, em algumas situações, a dificuldade de relacionamento com os professores é apontada como geradora de angústia.
                Bookmark

                Author and article information

                Contributors
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Role: ND
                Journal
                rbem
                Revista Brasileira de Educação Médica
                Rev. bras. educ. med.
                Associação Brasileira de Educação Médica (Brasília, DF, Brazil )
                0100-5502
                1981-5271
                June 2018
                : 42
                : 2
                : 79-88
                Affiliations
                [1] João Pessoa orgnameUniversidade Federal da Paraíba Brazil
                Article
                S0100-55022018000200079
                10.1590/1981-52712015v42n2rb20170070
                8b631b02-cbf0-4962-8402-b6c3993cd70b

                This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

                History
                : 04 November 2017
                : 10 December 2017
                Page count
                Figures: 0, Tables: 0, Equations: 0, References: 27, Pages: 10
                Product

                SciELO Brazil


                Medical Psychology,Medical Education,Exame Físico,Anamnese,Psicologia Médica,Anamnesis,Educação Médica,Physical Examination

                Comments

                Comment on this article