Resumen Este artículo tiene como propósito explicar el proceso de construcción de relaciones estratégicas de China con países de África desde el período de la Guerra Fría, para posteriormente enfocarse en su postura contradictoria respecto al principio de no intervención en asuntos internos de otros Estados. En primer lugar, se explica el contexto en el que los vínculos sino-africanos se afianzan a partir de la Conferencia Afroasiática de Bandung y luego durante el proceso de Reforma y Apertura chinas, para luego catapultar a la República Popular China como una potencia global, potencia entendida según los postulados de Nicholas Spykman. A lo largo del artículo se evidencia cómo, mientras China ha venido maximizando su poder, suposición ha sido contradictoria con su defensa del principio de no intervención desde tres perspectivas: su postura en el Consejo de Seguridad como miembro permanente; su intervención en la economía de Estados frícanos, inicialmente en la industria petrolífera; y el apoyo militar a Estados en conflicto interno o interestatal en África. Esta postura contradictoria se ve reiterada en años recientes con su propuesta globalizadora denominada BRI (Belt & Road Initiative) y su impacto en países africanos.
Abstract Thepurpose of this article is to explain the process of building strategic relations between China and African countries since the Cold War period. Then, the article focuses on Beijing's contradictory position regarding the principle of non-intervention in the internal affairs of other states. In the first part, the text explains the context in which the Sino-African ties have consolidated after the Afro-Asian Bandung Conference and then during the Chinese reform and opening process, in order to catapult the People's Republic of China to global great power status. Here, "great power" is understood according to the postulates of Nicholas Spykman. Throughout the article, it becomes evident how, while China has been maximizing its power, its position has been contradictory with its defense of the principle of non-intervention from three perspectives: its position in the Security Council as a permanent member; its intervention in the economy of African states, initially in the oil industry; and its military support to states in internal or interstate conflict in Africa. This contradictory position is reiterated in recent years with its globalization proposal called BRI (Belt & Road Initiative) and its impact on African countries.
Resumo Este artigo tem como propósito explicar o processo de construção de relações estratégicas da China com países da África desde o período da Guerra Fria para posteriormente enfocar-se em sua postura contraditória respeito ao princípio de não intervenção em assuntos internos de outros Estados. Em primeiro lugar se explica o contexto em que os vínculos sino-africanos se afiançam a partir da Conferência afro-asiática de Bandung e logo durante o processo de Reforma e Apertura chinesas para depois catapultar à República Popular da China como uma potência global, potência percebida segundo os postulados de Nicholas Spykman. Ao longo do artigo se evidencia como enquanto a China tem vindo maximizando seu poder, a sua posição tem sido contraditória com sua defensa do princípio de não intervenção desde três perspectivas: sua postura no Conselho de Segurança como membro permanente; a sua intervenção na economia de Estados africanos, inicialmente na indústria petrolífera; e o apoio militar a Es tados em conflito interno ou interestatal na África. Esta postura contraditória vê-se reiterada em anos recentes com sua proposta globalizante denominada BRI (Belt & Road Initiative) e seu impacto em países africanos.