37
views
0
recommends
+1 Recommend
0 collections
    0
    shares
      • Record: found
      • Abstract: found
      • Article: found
      Is Open Access

      Socioeconomic inequality in catastrophic health expenditure in Brazil Translated title: Desigualdade socioeconômica nos gastos catastróficos em saúde no Brasil

      research-article

      Read this article at

      Bookmark
          There is no author summary for this article yet. Authors can add summaries to their articles on ScienceOpen to make them more accessible to a non-specialist audience.

          Abstract

          OBJECTIVE

          To analyze the evolution of catastrophic health expenditure and the inequalities in such expenses, according to the socioeconomic characteristics of Brazilian families.

          METHODS

          Data from the National Household Budget 2002-2003 (48,470 households) and 2008-2009 (55,970 households) were analyzed. Catastrophic health expenditure was defined as excess expenditure, considering different methods of calculation: 10.0% and 20.0% of total consumption and 40.0% of the family’s capacity to pay. The National Economic Indicator and schooling were considered as socioeconomic characteristics. Inequality measures utilized were the relative difference between rates, the rates ratio, and concentration index.

          RESULTS

          The catastrophic health expenditure varied between 0.7% and 21.0%, depending on the calculation method. The lowest prevalences were noted in relation to the capacity to pay, while the highest, in relation to total consumption. The prevalence of catastrophic health expenditure increased by 25.0% from 2002-2003 to 2008-2009 when the cutoff point of 20.0% relating to the total consumption was considered and by 100% when 40.0% or more of the capacity to pay was applied as the cut-off point. Socioeconomic inequalities in the catastrophic health expenditure in Brazil between 2002-2003 and 2008-2009 increased significantly, becoming 5.20 times higher among the poorest and 4.17 times higher among the least educated.

          CONCLUSIONS

          There was an increase in catastrophic health expenditure among Brazilian families, principally among the poorest and those headed by the least-educated individuals, contributing to an increase in social inequality.

          Translated abstract

          OBJETIVO

          Analisar a evolução dos gastos catastróficos em saúde e as desigualdades nesses gastos, segundo características socioeconômicas das famílias brasileiras.

          MÉTODOS

          Foram analisados dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2002-2003 (48.470 domicílios) e 2008-2009 (55.970 domicílios). Gasto catastrófico em saúde foi definido como despesas em excesso, considerando diferentes métodos de cálculo: 10,0% e 20,0% do consumo total e 40,0% da capacidade de pagamento da família. Consideraram-se indicadores socioeconômicos o Indicador Econômico Nacional e a escolaridade. As medidas de desigualdade utilizadas foram a diferença relativa entre taxas, razão das taxas e índice de concentração.

          RESULTADOS

          Os gastos catastróficos variaram entre 0,7% e 21,0%, a depender do método de cálculo. As menores prevalências foram observadas em relação à capacidade de pagamento, enquanto as maiores, em relação ao total do consumo. Houve aumento na prevalência de gastos catastróficos em saúde de 25,0%, entre 2002-2003 e 2008-2009, quando utilizado o ponto de corte de 20,0% em relação ao total de consumo, e de 100% quando aplicado o ponto de corte de 40,0% da capacidade de pagamento. Houve expressiva e crescente desigualdade socioeconômica na prevalência de gasto catastrófico em saúde no Brasil entre 2002-2003 e 2008-2009, chegando a ser 5,2 vezes maior o gasto catastrófico entre os mais pobres e 4,2 vezes maior nos menos escolarizados.

          CONCLUSÕES

          Houve crescimento da prevalência do gasto catastrófico entre as famílias brasileiras, principalmente entre aquelas mais pobres e chefiadas por indivíduos menos escolarizados, contribuindo para o aumento das desigualdades socioeconômicas.

          Related collections

          Most cited references32

          • Record: found
          • Abstract: found
          • Article: found
          Is Open Access

          Indicador econômico para o Brasil baseado no censo demográfico de 2000

          OBJETIVO: Propor um indicador econômico para o Brasil baseado em bens de consumo usando variáveis presentes no censo demográfico de 2000. MÉTODOS: O indicador, denominado Indicador Econômico Nacional (IEN), foi desenvolvido a partir de 12 bens e a escolaridade do chefe de família, por meio de análise de componentes principais. Dados da amostra do Censo Demográfico Brasileiro de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, foram usados para gerar o indicador e para o cálculo dos pontos de corte dos decis de referência. RESULTADOS: O indicador, primeiro componente obtido da análise, reteve 38% da variabilidade total e apresentou correlação de Spearman de 0,74 com a renda total do domicílio e de 0,67 com a renda per capita. Os coeficientes necessários para calcular o indicador são apresentados, assim como as distribuições de referência para 27 capitais e Estados, as cinco regiões e o País. Apresenta-se um exemplo de como se usa o indicador. CONCLUSÕES: Diferentemente de outros indicadores econômicos disponíveis, o IEN tem as distribuições de referência publicadas, para capitais, Estados, Regiões, bem como a distribuição nacional. Torna-se possível, portanto, comparar a amostra estudada à distribuição municipal, estadual ou nacional. O número reduzido de variáveis torna fácil o cálculo do Indicador Econômico Nacional para investigadores envolvidos em pesquisas onde é importante a classificação econômica.
            Bookmark
            • Record: found
            • Abstract: found
            • Article: not found

            Catastrophic and impoverishing effects of health expenditure: new evidence from the Western Balkans.

            This paper investigates the effect of health-related expenditure on household welfare in Albania, Bosnia and Herzegovina, Montenegro, Serbia and Kosovo, all of which have undertaken major health sector reform. Two methodologies are used: (i) the incidence and intensity of 'catastrophic' health care expenditure, and (ii) the effect of out-of-pocket payments on poverty headcount and poverty gap measures. Data are drawn from the most recent Living Standards and Measurement Surveys, 2000-05. While our analyses are not without their limitations, and the lack of comparability across instruments precludes a direct comparison across countries, there is no doubt that health expenditure contributes substantially to the impoverishment of households-increasing the incidence of poverty and pushing poor households into deeper poverty-in each country. Both the catastrophic and the impoverishing effects of health expenditures are particularly severe in Albania and Kosovo. Transportation expenditure accounts for a large share of total health expenditures, especially in Albania and Serbia. Informal payments are substantial in all countries, and are particularly high in Albania. As countries in the sub-region continue the process of health system reform, an important policy question should be how to protect vulnerable groups from the catastrophic and impoverishing effects of health care expenditure.
              Bookmark
              • Record: found
              • Abstract: found
              • Article: found
              Is Open Access

              Os gastos das famílias com saúde

              O artigo discute as principais características dos gastos das famílias brasileiras com saúde, a partir de duas fontes distintas: a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Mostra-se a importância do gasto com saúde em relação aos outros grupos de despesas, e se procede à estimativa do montante destes gastos. No artigo, apontam-se as duas principais categorias do gasto das famílias com saúde: os medicamentos e as mensalidades de planos ou seguros de saúde. As famílias das pessoas que estão entre os 30% mais ricos são as responsáveis pela maior parte dos gastos totais. Nas famílias das pessoas que pertencem aos 90% mais pobres da população, a maior parte dos dispêndios com saúde se dirige à compra de medicamentos. Quanto mais pobres são as famílias consideradas, maior é o peso, entendido como porcentagem da renda familiar, representado pelos gastos com medicamentos, planos e com saúde em geral.
                Bookmark

                Author and article information

                Journal
                Rev Saude Publica
                Rev Saude Publica
                Revista de Saúde Pública
                Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
                0034-8910
                1518-8787
                August 2014
                : 48
                : 4
                : 632-641
                Affiliations
                [I ]Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil, Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil
                [II ]Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil, Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasil
                [III ]Departamento de Medicina Social, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil, Departamento de Medicina Social. Faculdade de Medicina. Universidade Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasil
                [IV ]Diretoria de Estudos Setoriais, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Brasília, DF, Brasil, Diretoria de Estudos Setoriais. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília, DF, Brasil
                [V ]Australian Research Centre for Population Oral Health, School of Dentistry, The University of Adelaide, Adelaide, Australia, Australian Research Centre for Population Oral Health. School of Dentistry. The University of Adelaide. Adelaide, Australia
                Author notes
                Correspondence Alexandra Crispim Boing. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Saúde. Campus Universitário – Trindade. 88034-500 Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: acboing@ 123456gmail.com
                Article
                10.1590/S0034-8910.2014048005111
                4181092
                25210822
                b2555572-282e-47c3-a30e-a696eae3a61a

                This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution Non-Commercial License, which permits unrestricted non-commercial use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.

                History
                : 29 August 2013
                : 26 February 2014
                Page count
                Figures: 2, Tables: 8, References: 23, Pages: 10
                Categories
                Original Articles

                income,health expenditure,health inequality,social inequity,health economics

                Comments

                Comment on this article