In the 1800s, humoral understandings of leprosy successively give way to disease models based on morbid anatomy, physiopathology, and bacteriology. Linkages between these disease models were reinforced by the ubiquitous seed/soil metaphor deployed both before and after the identification of M. leprae. While this metaphor provided a continuous link between medical descriptions, Henry Vandyke Carter's On leprosy (1874) marks a convergence of different models of disease. Simultaneously, this metaphor can be traced in popular and medical debates in the late nineteenth century, accompanying fears of a resurgence of leprosy in Europe. Later the mapping of the genome ushers in a new model of disease but, ironically, while leprosy research draws its logic from a view of the world in which a seed and soil metaphor expresses many different aspects of the activity of the disease, the bacillus itself continues to be unreceptive to cultivation.
No século XIX, abordagens humorais da lepra deram origem a sucessivos modelos da doença baseados na anatomia patológica, na fisiopatologia e na bacteriologia. As relações entre esses modelos da doença foram reforçadas pela onipresente metáfora 'da semente e do solo', difundida tanto antes quanto depois da identificação do M. leprae. À época em que a metáfora fornecia um elo de ligação contínuo entre as várias descrições médicas da doença, Henry Vandyke Carter publicava On leprosy (1874), estabelecendo uma convergência de seus diferentes modelos. Simultaneamente, a metáfora se fazia presente nos debates médicos e populares de fins do século XIX, juntamente com o medo do surgimento da lepra na Europa. Mais recentemente, o mapeamento do genoma humano determinou a formulação de um novo modelo para a doença. Mas, ironicamente, enquanto as pesquisas concernentes a ela se apóiam numa visão de mundo em que a metáfora da semente e do solo ainda expressa diferentes aspectos da ação da doença, o próprio bacilo permanece refratário a todos os esforços visando seu cultivo.