Recent work on argument structure has shown that there must be a synchronic relation between nouns and derived verbs that can be treated in structural terms. However, a simple phonological/morphological identity or diachronic derivation between a verb and a noun cannot guarantee that there is a denominal structure in a synchronic approach. In this paper we observe the phenomenon of Denominal Verbs in Brazilian Portuguese and argue for a distinction between etymological and synchronic morphological derivation. The objectives of this paper are 1) to identify synchronic and formal criteria to define which diachronic Denominal Verbs can also be considered denominal under a synchronic analysis; and 2) to detect in which cases the label "denominal" can be justifiably abandoned. Based on results of argument structure tests submitted to the judgments of native speakers, it was possible to classify the supposed homogenous Denominal Verbs class into three major groups: Real Denominal Verbs, Root-derived Verbs, and Ambiguous Verbs. In a Distributed Morphology approach, it was possible to explain the distinction between these groups based on the ideia of phases in words and the locality of restriction in the interpretation of roots.
Trabalhos recentes sobre Estrutura Argumental têm mostrado que deve existir uma relação sincrônica entre substantivos e verbos derivados que pode ser tratada em termos estruturais. No entanto a simples identidade fonológica/morfológica ou derivação diacrônica entre um verbo e um substantivo não necessariamente garantem que há uma estrutura denominal em uma abordagem sincrônica. Neste trabalho, observamos o fenômeno dos verbos denominais em Português Brasileiro defendendo uma distinção entre derivação morfológica etimológica e sincrônica. Assim, os objetivos deste trabalho são: 1) descobrir os critérios sincrônicos e formais para saber quais verbos denominais diacrônicos também podem ser considerados como tal no âmbito de uma análise sincrônica e 2) detectar os casos em que verdadeiras razões podem ser encontradas para o abandono do rótulo "denominal". Através de testes de estrutura argumental submetidos ao julgamento de falantes nativos foi possível dividir a classe inicialmente homogênea dos verbos denominais em três grandes grupos: verbos denominais reais, verbos derivados de raiz e verbos ambíguos. Em uma abordagem em Morfologia Distribuída, foi possível explicar a diferença entre esses grupos com base nas ideias de fases na palavra e restrição de localidade na interpretação das raízes.